O número de investidores ativos do Tesouro Direto saltou 18,2% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo balanço do Tesouro Nacional divulgado nesta sexta-feira, 26. No total, são 3.149.407 pessoas.

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Já o número de investidores cadastrados no programa Tesouro Direto saltou 12% na mesma janela, representando um incremento de 267 mil pessoas, para um total de 33,25 milhões.

O balanço considera que os investidores ativos são aqueles que estão com saldo em aplicações no programa.

Os dados apontam que, somente no mês de agosto, foram realizadas 861.853 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, totalizando R$ 6,39 bilhões.

Durante esse mês, os resgates foram de R$ 3,45 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 2,93 bilhões.

Desse total de operações, 56% foi de até R$ 1 mil, ao passo que o valor médio de cada operação foi de R$ 7.409,19.

Títulos indexados à Selic são os mais demandados

O levantamento aponta que o grupo de títulos mais demandado pelos investidores foi o de títulos indexados à taxa Selic, conhecidos como Tesouro Selic.

Foram R$ 3,4 bilhões em vendas destes títulos, correspondendo a mais de metade das vendas (53,1%).

Já os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) somaram, em vendas, R$ 2,3 bilhões e corresponderam a 36,3% do total.

Títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), por sua vez, totalizaram R$ 0,7 bilhões em vendas, ou 10,6% do total.

Olhando para o prazo, a maior parte das vendas ficou com títulos com vencimento entre 5 a 10 anos, que alcançaram 40,1% do total.

Já as aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram uma fatia de 21,8%, ao passo que os títulos com vencimento de 1 a 5 anos corresponderam a 38,1% do total.

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Estoque

Em agosto de 2025, o estoque do Programa fechou em R$ 190,2 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao mês anterior (R$ 185,7 bilhões) e de 34,4% sobre agosto de 2024 (R$ 141,5 bilhões).

Analisando a representatividade, os títulos remunerados por índices de preços são os principais, somando R$ 96,9 bilhões, ou 51% do total.

Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 69,4 bilhões (36,5%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 23,9 bilhões, com 12,5% do total.

Em se tratando de perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até 1 ano é de R$ 24,6 bilhões (12,9%) em fins de agosto. A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos é de R$ 82,5 bilhões (43,4%) e o montante acima de 5 anos soma R$ 83,1 bilhões (43,7%).

Como funciona o Tesouro Direto

É possível aplicar em títulos do Tesouro através de bancos ou corretoras de investimentos. Ao comprar um dos papéis, o investidor está fazendo uma espécie de empréstimo ao Tesouro Nacional, que pagará uma remuneração diferente de acordo com cada ativo.

Os títulos públicos podem ser agrupados em quatro tipos:

  • Indexados à Selic: inclui apenas o Tesouro Selic, que remunera a taxa básica de juros acrescida de um pequeno prêmio. Possui liquidez diária, ou seja, pode ser resgatado a qualquer momento sem perda dos valores investidos.
  • Indexados à inflação: remuneram a variação no período da inflação oficial do país, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescido de uma rentabilidade extra. Possui liquidez apenas no vencimento, ou seja, resgates antecipados acarretarão em perda do rendimento.
    Abrange os títulos Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (que permite resgatar o rendimento a cada seis meses), Tesouro RendA+ (com prazos mais longos, criado para ajudar na aposentadoria) e Tesouro Educa+ (também com prazos maiores, pensado para investir nos estudos nos filhos).
  • Prefixados: remunera uma taxa fixa, informada no momento do investimento. Também possui liquidez apenas no vencimento. Há a opção do prefixado tradicional e do prefixado com juros semestrais, para quem deseja receber rendimentos periódicos.