Por Jonathan Ernst

WASHINGTON (Reuters) – Seja nos salões do Congresso dos Estados Unidos ou em casa, em seu distrito no Estado de Nova York, o deputado federal George Santos passa grande parte de seu tempo enclausurado com sua equipe e rejeitado até mesmo por seus colegas republicanos.

O parlamentar caminha com passadas longas e rápidas, tornando difícil para os repórteres acompanhar e não tentarem conversar com ele. Em um dia de fevereiro que um fotógrafo da Reuters passou com ele em seu escritório em Nova York, poucos residentes foram ao local, dando a Santos tempo suficiente para ler sua correspondência, incluindo um cartão com carimbo de Pittsburgh que dizia “renuncie agora”.

Desde que venceu a eleição em novembro, Santos admitiu ter forjado grande parte de seu currículo, atraindo críticas de outros membros do Congresso e pedidos de colegas republicanos de Nova York para que renuncie. Na quinta-feira, o Comitê de Ética da Câmara dos Deputados disse que havia iniciado uma investigação.

Um órgão fiscalizador federal o acusou de violar as leis de financiamento de campanha ao ocultar fontes de contribuição e usar dinheiro de doadores para pagar o aluguel pessoal. A Comissão Eleitoral Federal alertou no mês passado que ele pode estar infringindo a lei ao continuar arrecadando dinheiro sem ter declarado formalmente sua campanha de reeleição.

Santos prometeu cumprir seu mandato de dois anos, embora sem atribuições de comitê, ele tenha pouco trabalho a fazer.

Santos não quis dar entrevista para esta reportagem.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075)) REUTERS FC PF

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