25/11/2025 - 10:35
Os investimentos diretos no Brasil neste ano até outubro já superaram o total de 2024, mostraram dados do Banco Central nesta terça-feira, em meio às expectativas do governo de que esses investimentos alcancem um recorde em 2025.
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A melhora nos investimentos diretos no país, considerados uma forma de financiamento de maior qualidade por refletir investimento de longo prazo em atividade produtiva, deve ajudar a compensar a piora do saldo em conta corrente.
No ano até outubro, o investimento direto no país alcançou US$ 74,257 bilhões, disse o Banco Central, alta de 8,8% sobre o ano anterior e acima dos US$ 74,091 bilhões em todo o ano de 2024.
Somente em outubro os investimentos diretos no país alcançaram US$ 10,937 bilhões, acima dos US$ 6,304 bilhões projetados em pesquisa da Reuters e contra US$ 6,698 bilhões em outubro de 2024.
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou na segunda-feira que o Brasil está a caminho de registrar um recorde de investimentos diretos neste ano. Até agora, o maior ingresso anual do país foi em 2011, de US$ 102,427 bilhões.
Para além dos investimentos
Por outro lado, o Brasil registrou déficit em transações correntes maior do que o esperado em outubro, de US$5,121 bilhões, com o rombo acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado veio pior do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 4,8 bilhões em outubro. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$ 7,387 bilhões
No mês, a conta de renda primária apresentou saldo negativo de US$ 7,429 bilhões, ante rombo de US$ 6,590 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Em outubro, a balança comercial teve superávit de US$ 6,170 bilhões, contra US$ 3,189 bilhões no mesmo mês de 2024. Já o rombo na conta de serviços ficou em US$ 4,372 bilhões, contra déficit de US$ 4,416 bilhões em outubro do ano anterior.
