01/02/2012 - 21:00
Produção
Os investimentos produtivos tiveram o maior resultado da história no ano passado ao atingir US$ 66,7 bilhões, segundo levantamento do Banco Central, divulgado na terça-feira 24. O valor ficou 48% acima do previsto inicialmente. A cifra foi suficiente para cobrir o rombo das operações brasileiras no Exterior, que chegou a US$ 52,6 bilhões, o maior desde 1947, quando o estudo começou a ser feito. Para 2012, são aguardados números mais modestos. Mas, a julgar pelo erro de cálculo do BC no ano passado, o resultado pode ser novamente positivo.
Telefonia
Celular barato, inflação menor
A redução de 10,78% na tarifa de conexão entre telefones fixos e móveis, anunciada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na terça-feira 24, terá um impacto de 0,05 ponto percentual no IPCA do ano, segundo cálculo do conselheiro da agência, Jarbas Valente. A medida pode ajudar o governo a cumprir a meta de inflação prevista para 2012, de 4,5%. Os consumidores começarão a pagar menos a partir do dia 24 de fevereiro.
Pesquisa
A economia cresce. Seu salário também
Não é de hoje que o Brasil se tornou um dos mais desejados destinos para executivos que buscam projeção profissional e salários maiores. Um estudo da consultoria britânica Grant Thornton com 11,5 mil empresas em 40 países, divulgado com exclusividade à DINHEIRO, identificou uma das razões para esse fenômeno no mercado de trabalho: 92% das empresas brasileiras pretendem melhorar a remuneração de seus funcionários neste ano.
O resultado é superior ao registrado em 2011, com 84%, e da grande maioria das economias desenvolvidas. Veja o resultado.
Aviação
O racha da Airbus
A fabricante franco-alemã Airbus reconheceu nesta semana que uma combinação de falhas na produção e projeto é a responsável por uma recente série de rachaduras na asa do modelo A380. A companhia, no entanto, garantiu que trabalha em uma solução. A Airbus continua afirmando que, apesar das rachaduras, o Superjumbo permanece seguro para voar. Inicialmente, a empresa se recusou a fornecer mais detalhes sobre as falhas. “O A380 é seguro para voar”, disse à agência Reuters o vice-presidente-executivo de programas da Airbus, Tom William.
Japão
O terremoto continua
O Japão registrou em 2011 seu primeiro déficit comercial desde 1980 em decorrência dos estragos provocados pelo terremoto e tsunami de 11 de março do ano passado e pelo aumento dos gastos energéticos depois do acidente na usina nuclear de Fukushima. O déficit comercial da terceira economia do planeta chegou a US$ 32 bilhões no ano, segundo o Ministério das Finanças. As importações tiveram um aumento de 12%, provocado pelo maior gasto com petróleo. A importação de alimentos subiu 12,4%.
Números
US$ 27 bilhões – é quanto o Banco Mundial deixará disponível em financiamento ao longo dos próximos dois anos aos países do Leste Europeu e da Ásia Central que estão sendo atingidos pela crise na zona do euro, um aumento de US$ 7 bilhões em relação aos níveis de 2011.
US$ 16,3 bilhões – foi o faturamento global da Johnson & Johnson em 2011, um aumento de 3,9% em comparação ao ano anterior.
O resultado ficou abaixo do esperado.
No último trimestre, o lucro líquido
de US$ 218 milhões representou uma queda de 88%.
1,527 bilhão – De toneladas foi a produção de aço bruto mundial em 2011, resultado 6,8% superior ao 1,430 bilhão de toneladas
em 2010. Segundo a World Steel Association, apenas o Japão e a Espanha reduziram a produção do metal no
ano passado.
194% - é o crescimento da demanda por voos domésticos no País entre 2002 e 2011, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil. Só em 2011 o aumento foi de 15,72%
US$ 3,2 trilhões - é a projeção de aumento da renda dos chineses nos próximos dez anos, segundo estudo da consultoria Accenture. Para o Brasil, a expectativa é de que até 2020 pelo menos mais cinco milhões de famílias atinjam renda anual acima de US$ 30 mil.
Moda
A polêmica do biquíni
A disputa pela paternidade de uma das maiores invenções do mundo da moda ganhou novos episódios nesta semana. Uma reportagem do jornal Le Monde reacendeu o debate sobre qual estilista francês, Jacques Heim ou Louis Réard, é o criador da peça. Afinal, é isso que importa?
Curtas
O Inpi, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, reduziu de 8 para 5 anos o tempo estimado de tramitação de pedidos de patentes solicitados a partir de 2011. Nos últimos dois anos o prazo já havia sido reduzido pela metade.
A Copa Airlines, companhia aérea do Panamá, pretende investir pesado no mercado brasileiro, segundo o presidente Pedro Heilbron. Entre as iniciativas está o lançamento de voos diários para o Panamá, sem escalas, a partir de cidades do Nordeste.
O laboratório Roche, um dos maiores fabricantes mundiais de medicamentos, com sede na Suíça, deverá fechar nos próximos dias, por US$ 5,7 bilhões, em dinheiro, a compra da companhia americana de sequenciamento genético Illumina.
Veículos
O Mini Cooper da Citroën
Sob o comando do italiano Francesco Abbruzzesi, a francesa Citroën, ao que tudo indica, irá apostar todas as fichas no mercado brasileiro. A marca trará ao País, ainda no primeiro semestre, a linha de luxo DS, com o lançamento do modelo DS3. O carro, importado da França, ainda passa por ajustes para se adaptar às condições brasileiras. A intenção é concorrer diretamente com o Audi A1 e o Mini Cooper e garantir fatia de 3% no mercado brasileiro. A Citroën não divulga preços, mas o modelo deverá ficar na faixa entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.
Entrevista
“Chegou a hora de conquistarmos a Europa”
O brasileiro nunca bebeu tanto vinho como nos últimos anos. Segundo a associação do setor, a Ibravin, foram vendidos 249,6 milhões de litros em 2011, um aumento de 7%. As exportações também estão em alta. A vinícola gaúcha Salton, do empresário Daniel Salton, faturou R$ 270 milhões em 2011, embarcou 16,8 milhões de litros no ano e conquistou novos mercados, como a China.
Como o Brasil, terra da cerveja e da cachaça, aprendeu a beber vinho?
A melhoria das condições econômicas deu ao brasileiro a oportunidade de experimentar coisas novas. Nos tornamos produtores de vinhos e espumantes de qualidade. Temos a melhor relação custo-benefício do mundo.
E o sucesso fora do País?
Nossas exportações cresceram 80% em 2011. As vendas chegaram a 22,4 milhões de garrafas e mandamos ao Exterior em torno de 160 mil garrafas. Já ganhamos notas máximas na França. Meses atrás, enviamos 48 mil garrafas para a China.
Isso porque nosso vinho é barato?
Não. É porque o nosso vinho é bom. Nossas vendas estão crescendo muito porque o europeu, apesar de ser nacionalista, gosta de coisas novas. Agora, chegou a hora de conquistarmos a Europa.