Quando o primeiro iPad foi apresentado pela Apple, em janeiro do ano passado, o Wall Street Journal afirmou que a última vez em que uma tábua (tablet, em inglês) causou tanto barulho havia dez mandamentos inscritos nela. 

A referência bíblica dá a ideia da badalação que cercou a estreia do iPad,  que em alguma medida se repetiu no lançamento da segunda versão do equipamento, na semana passada. 

 

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Nesse caso, a expectativa era para saber o que o iPad 2 traria de novidades para frear o ímpeto de um número cada vez maior de concorrentes. Coube a Steve Jobs, o fundador da Apple, apresentar os novos recursos, como modelo na cor branca, duas câmeras e um processador mais potente. 

 

Mas as inovações não param por aí: o iPad 2 também é mais fino e mais leve. Jobs, afastado do dia a dia da empresa por  licença médica, reapareceu ainda mais magro, com a calça jeans folgada e a camisa preta de gola rolê sobrando no corpo. 

 

Quase um iPad 2. “Trabalhamos muito nesse produto”, disse Jobs. “Não queria perder esse momento por nada no mundo.”  Dois aspectos do tablet continuaram iguais: a duração da bateria, de dez horas, e o preço, a partir de US$ 499, no modelo Wi-Fi, com 16 GB de HD. 

 

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A boa aceitação recebida pela primeira versão do tablet da Apple é um grande aliado para fazer o novo produto deslanchar no mercado. Lançado em abril de 2010, o iPad vendeu 15 milhões de unidades e gerou uma receita de US$ 9,5 bilhões para a fabricante americana, conquistando 90% do embrionário mercado de tablets. 

 

“2010 foi o ano do iPad”, diz Jobs. E brincou: “E 2011 será o ano dos imitadores?”. Um ponto a favor da Apple na disputa com as empresas rivais é sua vasta gama de aplicativos. 

 

Enquanto mantém mais de 65 mil programas desenvolvidos especialmente para o iPad, o Android, do Google, usado por Dell, Acer, Asus, Lenovo, Samsung e LG e Motorola, tem apenas 100. Esse número deve crescer fortemente nos próximos meses com o lançamento do Honeycomb, sistema operacional Android para tablets.