A expectativa para o IPCA – índice de inflação oficial – de 2023 passou de 5,08% para 5,17% no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 19, em meio ao forte aumento de gastos previstos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. No caso de 2024, a projeção continuou em 3,50% pela oitava semana seguida. Há um mês, as medianas eram de 5,01% e 3,50%, respectivamente.

No caso de 2022, por sua vez, a estimativa para a alta do IPCA arrefeceu de 5,79% para 5,76%, de 5,88% quatro semanas antes. Considerando somente as 52 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,67% para 5,71%. Para 2023, aumentou de 5,05% para 5,12%.

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A previsão para 2025 subiu de 3,02% para 3,10%, ante 3,00% de um mês atrás.

As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta referentes a esses horizontes (de 5,00% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. Para 2024 e 2025, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.

No Copom deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,0% em 2022, 5,0% em 2023 e 3,0% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para o IPCA de dezembro no Boletim Focus. A mediana cedeu de alta de 0,62% para 0,60%. Há um mês, era de 0,64%.

Para o IPCA de janeiro, a estimativa continuou em 0,55%, contra 0,56% um mês antes. Já para fevereiro, a previsão para o indicador oscilou de 0,65% para 0,66%. Era de 0,63% há quatro semanas.

A expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de 5,24% para 5,25% – há um mês, estava em 5,26%.