Por Michelle Nichols e Matt Spetalnick e Stephen Farrell

NOVA YORK (Reuters) – O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, disse nesta segunda-feira que o Irã cruzou todas as “linhas vermelhas” em seu programa nuclear e prometeu que seu país não permitirá que Teerã obtenha uma arma nuclear.

Em seu primeiro discurso à Assembleia-Geral das Nações Unidas, Bennett disse que o Irã tenta dominar o Oriente Médio com um “guarda-chuva nuclear” e pediu um esforço internacional mais orquestrado para deter as atividades nucleares iranianas.

Mas ele também insinuou a possibilidade de Israel agir por conta própria contra o Irã, algo que seu país já ameaçou fazer várias vezes.

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“O programa nuclear do Irã alcançou um divisor de águas, e também nossa tolerância”, disse o premiê. “Palavras não impedem que centrífugas girem.”

Bennett, político de extrema-direita que pôs fim aos 12 anos de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel em junho, quer que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, endureça sua postura em relação ao Irã, o principal inimigo regional de Israel. Ele se opõe aos esforços do novo governo norte-americano para ressuscitar o acordo nuclear iraniano de 2015 –que o antecessor de Biden, Donald Trump, abandonou em 2018.

As conversas indiretas entre EUA e Irã em Viena travaram, já que Washington aguarda o próximo gesto do novo presidente linha-dura iraniano, Ebrahim Raisi.

“O programa de armas nucleares do Irã está em um ponto crítico. Todas as linhas vermelhas foram cruzadas, inspeções ignoradas”, disse Bennett. “Eles estão ficando impunes.”

(Por Michelle Nichols nas Nações Unidas , Matt Spetalnick em Washington e Stephen Farrell em Londres; reportagem adicional de Zainah El-Haroun e Ari Rabinovitch em Jerusalém)

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