12/05/2025 - 21:38
O IRB Re encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 118,6 milhões, crescimento de 49,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. O número foi puxado pelo resultado financeiro, enquanto o ganho com as apólices de resseguro teve uma queda diante da redução do volume de riscos retidos.
O resultado de subscrição foi de R$ 103,2 milhões, queda de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024. A baixa aconteceu devido a um sinistro de grande porte em uma fábrica de lubrificantes, que levou a acionamentos em linhas de danos materiais e lucros cessantes, de acordo com o IRB.
O resultado financeiro avançou 63,4% no mesmo intervalo, para R$ 197,9 milhões, de acordo com o ressegurador.
O CEO do IRB, Marcos Falcão, disse que os números acumulados em 12 meses mostram que a empresa tem evoluído. “Olhando a trilha dos últimos 12 meses, conseguimos enxergar mais claramente essa evolução. Promovemos a limpeza da carteira, colocando foco no índice combinado. Com isso, verificamos que as curvas do resultado de subscrição e do resultado líquido são crescentes e positivas”, diz ele em nota.
Os prêmios emitidos somaram R$ 1,247 bilhão no trimestre, baixa de 13,3% em um ano. O resultado foi puxado pelos prêmios no Brasil, que caíram 19,1% no período, para R$ 857 milhões, ainda seguindo a estratégia da empresa de manter o foco na rentabilidade.
Já os prêmios retidos, que descontam os riscos repassados pelo IRB a outros agentes, somaram R$ 973,7 milhões no trimestre, queda de 13,4% em um ano. A maior parte dos riscos mantidos pelo ressegurador são em linhas de não-vida, que têm apresentado rentabilidade maior.
A carteira de não-vida teve resultado de subscrição de R$ 103,2 milhões no primeiro trimestre, enquanto a de vida teve perda de R$ 23 milhões. “Em vida, o resultado negativo é reflexo da dinâmica do negócio, uma vez que a limpeza da carteira no ano passado não gerou mais prêmios, mas ainda recebemos sinistros”, diz em nota o vice-presidente de Resseguros do IRB, Daniel Castillo.
A sinistralidade subiu 8,3 pontos porcentuais em um ano, para 66,5%, também impulsionada pela carteira de vida, em que o índice subiu de 27% para 140%. Ao todo, o índice combinado, que mede o consumo dos prêmios pelas despesas, subiu de 97,8% para 102,5% em um ano.
O IRB encerrou o trimestre com suficiência de patrimônio líquido de 207%, uma alta de 38 pontos porcentuais em um ano. O índice foi impulsionado pela estabilidade do capital mínimo requerido e pelo aumento do patrimônio líquido ajustado do ressegurador.