24/09/2021 - 4:23
A influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un pediu nesta sexta-feira (24) à Coreia do Sul que abandone as “políticas hostis” contra Pyongyang antes de propor o fim oficial da guerra entre os dois países, que dura 70 anos.
O conflito, iniciado em 1950 na península coreana, terminou em 1953 com uma trégua, mas um acordo de paz nunca foi assinado, o que significa tecnicamente os dois países estão em guerra desde então.
Em um discurso na Assembleia Geral da ONU esta semana, o presidente sul-coreano Moon Jae-in propôs uma declaração para acabar oficialmente com o conflito, acrescentando que isto estimularia um “progresso irreversível na desnuclearização e levaria a uma época de paz completa”.
Em declarações publicadas pela agência oficial KCNA, a irmã e assessora de Kim Jong Un, Kim Yo Jong, disse que propor uma paz formal era uma “ideia admirável”, mas pediu ao Sul que abandone a atitude hostil em primeiro lugar.
Fazer estas declarações com “padrões duplos, preconceitos e políticas hostis ainda em vigor não faz nenhum sentido”, disse Kim Yo Jong, que se mostrou aberta a melhorar as relações com Seul caso o país vizinho mude de atitude.
A troca de declarações acontece em um momento de aumento da tensão na península da Coreia.
Pyongyang fez dois testes balísticos este mês e Seul anunciou o lançamento com sucesso de mísseis balísticos a partir de um submarino, parte do desenvolvimento de suas capacidades defensivas.