O publicitário Bruno Brambilla estava hospedado com a mulher em um hotel da Praia de Camburi que ficou embaixo d’água. “Muitos estabelecimentos não abriram porque as pessoas não conseguiram sair de suas casas”, explica. Com poucos comércios, os turistas e moradores que procuram alimentos e produtos de higiene enfrentam filas gigantescas e estão até estocando comida.

Em Juquehy, Daniel Caetano de 23 anos teve de sair de casa e ir para a de amigos. “A gente conseguiu correr a tempo.” Isolado na região, a manhã de segunda-feira se iniciou com o medo da falta de suprimentos. Mas caminhões começaram a circular com água para a população.

SEM SINAL

Outro problema é a falta de telefonia e internet. A administradora de empresas Maria Luiza Antunes, de Franca, buscava ontem notícias da irmã, do cunhado e mais quatro amigos, que saíram do interior para se hospedar em um condomínio da região. “A última vez que consegui falar com eles foi no sábado, por volta das 13 horas. Nós estamos confiantes de que eles estão bem, mas com medo de estarem sem água e comida.”

Recorrer a mensagens via SMS e ligações para linhas fixas dos hotéis, pousadas ou casa de veraneios alugadas, além de insistência e paciência, são as instruções mais recorrentes entre quem busca contatos.

Segundo Brambilla, alguns hotéis e restaurantes liberaram acesso a redes de Wi-Fi. Mas em muitos locais “não está nada funcionando ainda”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.