19/05/2011 - 0:52
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou esta quinta-feira um retorno às fronteiras de 1967, em reação ao chamado do presidente americano, Barack Obama, a um acordo de paz entre Israel e os palestinos sobre a base destas fronteiras.
Em um comunicado divulgado após o discurso, o gabinete do premier Netanyahu pediu a Washington para que respeitasse as “garantias” dadas a Israel pelo ex-presidente George W. Bush, numa carta enviada ao país em 2004. A carta, intitulada “novas realidades demográficas”, diz que um “completo retorno” para as fronteiras de 1967 seria algo totalmente fora da realidade.
“As garantias previam que Israel não teria que se retirar das fronteiras estabelecidas após a Guerra de 1967 – tidas como imutáveis -, pois isso deixaria os principais centros populacionais de Israel na Judeia e Samaria além das fronteiras”, disse o comunicado.
Em seu pronunciamento, que veio pouco antes Netanyahu voar para Washington para conversações com a Casa Branca, Obama pediu a retomada das negociações entre Palestinos e Israelenses para uma redefinição das fronteiras estabelecidas em 1967.
“A retirada das forças israelenses deveria ser feita de forma gradual e acompanhada por garantias de segurança da Palestina, estabelecendo um Estado soberano e nãomilitarizado”, disse o presidente.
Netanyahu, no entanto – que irá se encontrar com o presidente americano na sexta-feira e participar de uma sessão do Congresso Americano na semana que vem – insistirá para que Obama confirme o comprometimento feito por Bush em 2004, que, segundo ele, foi “feito de comum acordo por ambos os Congressos”, diz Netanyahu.
scw-sah/wm-mvv