Israel anunciou, nesta sexta-feira (6), a adoção de sanções contra a Autoridade Palestina como represália à sua iniciativa recente para que as Nações Unidas se pronunciem sobre a ocupação israelense de territórios palestinos.

Esta bateria de sanções foi decidida na quinta-feira durante a primeira reunião do gabinete de segurança do novo governo israelense, dirigido pelo conservador Benjamin Netanyahu e que inclui vários ministros de extrema direita.

O Executivo destinará até 139 milhões de shekels (39,64 milhões de dólares) às indenizações a familiares das vítimas de ataques palestinos, um dinheiro que procederá das taxas aduaneiras que Israel obtém de parte da Autoridade Palestina, indicou em um comunicado o gabinete de Netanyahu.

Israel também reterá outros fundos da Autoridade Palestina até uma quantidade equivalente do que a administração palestina deu, em 2022, “aos terroristas e seus familiares”, detalhou o governo israelense, sem indicar uma quantia exata.

A Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, indeniza todos os meses os familiares de palestinos mortos ou presos em Israel por fatos relacionados com o conflito entre palestinos e israelenses.

O gabinete de segurança israelense também decidiu congelar os projetos de construção palestinos em algumas áreas da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

As autoridades israelenses reconheceram tomar essas medidas após a adoção, em 31 de dezembro e a pedido da Autoridade Palestina, de uma resolução por parte da Assembleia Geral da ONU que pede ao Tribunal Internacional de Justiça que se pronuncie sobre a ocupação israelense dos territórios palestinos.