08/09/2025 - 18:24
O banco Itaú realiza nesta segunda-feira (8) uma série de demissões de funcionários. Histórias sobre funcionários mandados embora começaram a ser compartilhadas desde cedo nas redes sociais, e ganharam força ao longo do dia. Em nota enviada à IstoÉ Dinheiro, o banco confirmou os desligamentos, mas não informou o número exato de funcionários.
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Nas redes sociais, a maior parte dos relatos cita que teriam sido cerca de 1 mil funcionários. A demissão em massa atingiu os funcionários em regime de trabalho remoto.
Segundo o banco, foi feita “uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. “Foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”, segue.
Nas redes sociais, internautas mencionam que o banco teria monitorado as horas de atividade nos computadores dos funcionários remotos e identificado tempo inferior aos períodos de trabalho. Não há informação se os profissionais demitidos foram contratados via CLT ou como pessoa jurídica (MEI).
Levantamento da consultoria Elos Ayta mostra que o Itaú Unibanco foi a empresa com o segundo maior lucro entre as listadas na B3, a bolsa brasileira, ficando atrás apenas de Petrobras.
Sindicato critica Itaú
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (SPBancários) estima que cerca de mil pessoas tenham sido demitidas. Relatos nas redes sociais falam em até dois mil. O órgão disse em nota que tomou conhecimento de demissões e repudiou o banco, afirmando que não foi procurado para buscar alternativas às demissões.
“Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes”, disse o SPBancários em nota.
“O Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta, consolidando-se como o maior banco do país em ativos. É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de “produtividade”, segue o Sindicato.