05/05/2015 - 10:28
Assim como seus pares privados Santander e Bradesco, a carteira de crédito do Itaú Unibanco cresceu no primeiro trimestre impulsionada, principalmente, por grandes empresas. Do lado da pessoa física, consignado (com desconto em folha) e imobiliário foram os motores no período enquanto empréstimos para a compra de veículos continuaram em queda.
O segmento de grandes empresas apresentou elevação de 3,7% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, totalizando R$ 218,970 bilhões. Em um ano, o crescimento chegou a 14,5%. A carteira de pequenas e médias empresas cresceu 1,6% e 1,9%, respectivamente, para R$ 85,439 bilhões.
O segmento pessoa jurídica, sem considerar títulos privados, totalizou R$ 304,409 bilhões de janeiro a março, cifra 3,1% maior no trimestre e 10,7% no período de 12 meses. Na pessoa física, as expansões foram de 0,6% e 11,3%, respectivamente, para R$ 187,286 bilhões.
Os destaques de crescimento nesta carteira, conforme o Itaú, continuaram sendo os segmentos de menor risco. Consignado teve alta de 10,1% no trimestre e 81,0% no período de 12 meses, para R$ 44.608 bilhões. Imobiliário registrou expansão de 4,5% e 19,6%, respectivamente, totalizando R$ 30,194 bilhões. Já a carteira de veículos, reduziu-se em 9,0% no trimestre e 29,0% em 12 meses, para R$ 26,331 bilhões.
A carteira de crédito total do Itaú Unibanco, que inclui avais e fianças encerrou março com saldo de R$ 578,596 bilhões, expansão de 3,4% ante a cifra de dezembro, de R$ 559,694 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somavam R$ 508,246 bilhões, foi identificada elevação de 13,8%. Quando calculado com base na conversão da carteira em moeda estrangeira (dólar e moedas dos países da América Latina), foi visto recuo de 0,6% e alta de 6,3%, nesta ordem.
Para este ano, o Itaú revisou para baixo suas expectativas de crescimento dos empréstimos. O banco espera que a carteira de crédito total cresça de 3% a 7% e não mais de 6% a 9% como previsto anteriormente.
Índice de eficiência
O índice de eficiência do Itaú Unibanco no primeiro trimestre de 2015, no conceito que inclui todas as despesas exceto o resultado de provisão para devedores duvidosos (PDDs), atingiu 43,2%, com melhora de 3,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Em um ano, a melhora foi de 5,0 pontos porcentuais.
Essa melhora da eficiência no trimestre, segundo o Itaú, foi possível pelo crescimento do produto bancário (5,0%) e menores despesas não decorrentes de juros (2,3%). Já o índice acumulado de 12 meses alcançou 45,7%, com melhoras de 1,3 p.p. em relação ao trimestre anterior e de 3,3 p.p. ante o mesmo período de 2014.
O índice de eficiência ajustado ao risco, que adiciona também o resultado de PDD, atingiu 62,7%, com uma elevação de 1,1 p.p. na comparação com o trimestre anterior, resultante de maiores despesas de PDD (19,5%) e menores receitas de recuperação de créditos baixados como prejuízo (20,3%). Em doze meses, o índice de eficiência ajustado ao risco alcançou 62,4%.
O Itaú destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a metodologia de cálculo do índice de eficiência e do indicador ajustado ao risco foi alterada. No conceito anterior, o índice de eficiência e o índice de eficiência ajustado ao risco teriam sido de 43,2% e de 63,7%, respectivamente, no primeiro trimestre de 2015.
“Essa alteração tem como objetivo o aprimoramento da forma como apresentamos os nossos resultados e busca permitir uma maior comparabilidade com as demonstrações de diferentes instituições, contribuindo para uma melhor compreensão e avaliação do nosso desempenho”, explica o Itaú, em relatório.