25/05/2005 - 7:00
O mandarim entrou para o rol das línguas faladas na holding Itaú. Discretamente, sem uma inauguração formal, o Itaú BBA, braço do grupo para clientes empresariais, vem operando no mercado chinês desde o fim de março, com um escritório de representação em Xangai. A partir desde posto avançado, o banco já estruturou o financiamento para a entrada da fabricante brasileira de motores elétricos Weg na China e, nas próximas semanas, deve fechar mais dois negócios do gênero. Paralelamente, o Itaú aguarda aprovação das autoridades chinesas para a abertura de uma corretora em Hong Kong, que servirá de base para operações no mercado asiático. Estas duas posições em território chinês completam o desembarque do Itaú na Ásia, iniciado há pouco menos de um ano com a abertura de uma operação de varejo para dekasseguis no Japão. A chegada ao Oriente, por sua vez, abre uma nova frente de atuação para o grupo financeiro mais internacionalizado do Brasil, com presença consolidada na Argentina, no Caribe, nos Estados Unidos e na Europa. ?A idéia é aproveitar a grande liqüidez (disponibilidade de dinheiro) que há na Ásia?, resume Roberto Nishikawa, presidente da Corretora Itaú.
Fundos de hedge e private banks de países como China, Taiwan, Singapura e Coréia usam Hong Kong como plataforma para investimentos off shore. ?Eles têm recursos para aplicar; nós temos papéis atrativos para vender. Há uma oportunidade de negócio?, observa Nishikawa. Já o escritório do Itaú BBA em Xangai nasce com foco em empresas brasileiras que querem se estabelecer na China ou mantêm relações comerciais com o país. ?Nossa missão é ir até onde nossos clientes vão?, diz Luiz Henrique Campiglia, diretor da área internacional do Itaú BBA. ?E eles estão indo para a Ásia.?