20/03/2025 - 11:40
O Itaú Unibanco captou R$ 1,4 bilhão em recursos em parceria com a IFC, instituição ligada ao Banco Mundial, e com o IDB Invest. A emissão, feita no mercado externo, terá duas séries, e uma delas será totalmente destinada ao financiamento à biodiversidade. A outra, a finalidades sociais.
Para a biodiversidade, o banco destinará R$ 400 milhões através do programa Reverte, tocado pela Syngenta e financiado pelo Itaú BBA.
O programa tem como foco a conservação de áreas de pastagens degradadas em áreas agriculturáveis, e segundo o Itaú, é a maior iniciativa privada neste sentido atualmente.
O R$ 1 bilhão restante será destinado ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas. O Estado do Rio Grande do Sul, que vive uma reconstrução após as enchentes do ano passado, receberá cerca de R$ 400 milhões deste total.
O título sustentável segue critérios da política de finanças sustentáveis do Itaú, lançada no ano passado, que estão alinhadas a padrões da International Capital Market Association (ICMA) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O banco tem o objetivo de movimentar R$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até o ano de 2030, e ambiciona atingir a neutralidade em emissões de gases até o ano de 2050.
“Estamos comprometidos em apoiar nossos clientes na transição para uma economia de baixo carbono, fornecendo o capital necessário para impulsionar o desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios climáticos cada vez mais presentes”, diz em nota o diretor da Tesouraria do Itaú, Daniel Goretti.
“Esta iniciativa apoia a preservação do rico patrimônio natural do país e capacita micro, pequenas e médias empresas, proporcionando-lhes o tão necessário acesso ao capital”, afirma o diretor regional da IFC para América do Sul, Manuel Reyes Retana.
“Esta emissão histórica de títulos com o Itaú reforça a importância das finanças sustentáveis no avanço da conservação da biodiversidade no Brasil. Esta parceria exemplifica como a inovação financeira pode mobilizar recursos para enfrentar os desafios ambientais, ao mesmo tempo em que promove a prosperidade a longo prazo”, diz o diretor e chefe da divisão do Setor Financeiro no IDB Invest, Diego Flaiban.