O Itaú apontou que segue aguardando redução da Taxa Selic em janeiro, apesar de reconhecer uma “barra mais alta” após a publicação da ata do Copom nesta terça-feira, 16. 

O documento, assinado pelo economista-chefe do banco Mário Mesquita, diz que a estratégia de política monetária do Copom vem dando certo e que o cenário evoluiu de forma favorável durante 2025, “com sinais de desaceleração da atividade e melhora qualitativa da inflação, criando condições para o início do ciclo de cortes de juros no próximo ano”. 

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“Ainda assim, a comunicação recente indica um Banco Central cauteloso, sem pressa para iniciar a flexibilização e mantendo postura dependente dos dados. Por ora, mantemos a projeção de início do ciclo em janeiro, embora reconheçamos uma barra mais alta para esse movimento. Esperamos que a taxa Selic alcance 12,75% a.a. em 2026 e 11,75% a.a em 2027”, apontou o documento. 

A publicação também aponta uma queda na projeção de inflação de 2025, de 4,5% para 4,4%, dentro do teto da meta do Banco Central. Já para 2026 a expectativa também caiu de 4,2% para 4,0% devido à desinflação de bens industriais, impulsionada por estoques elevados, demanda mais fraca e queda dos IGPs, além da expectativa de redução de preços de gasolina em janeiro. Para 2027, a inflação projetada ficou em 4,0%. 

O banco também projetou o dólar em R$ 5,50 para 2026, aumento do crescimento do PIB de 2025 de 2,2% para 2,3% e 1,7% projetado para 2026 e 2027, além de redução da projeção de taxa de desemprego de 6,2% para 5,8% em 2025 e de 6,4% para 6,0% em 2026.