30/10/2017 - 20:36
O Itaú Unibanco vendeu carteiras ativas sem retenção de riscos, para empresas não ligadas, no montante de R$ 775 milhões no terceiro trimestre. Essa operação trouxe impacto positivo de R$ 100 milhões no custo do crédito, segundo o banco, sendo RS 114 milhões na despesa de provisão para devedores duvidosos e negativo de R$ 14 milhões nos descontos concedidos.
O efeito da venda dessas carteiras no lucro líquido do terceiro trimestre de 2017 foi de R$ 55 milhões. “Adicionalmente, realizamos venda de ativos que encontravam-se em prejuízo, sem retenção de riscos, para empresas não ligadas, no montante de R$ 58 milhões, com impacto de aproximadamente R$ 4 milhões no lucro líquido e sem impacto nos indicadores de inadimplência”, acrescenta o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
Índice de Basileia
O índice de Basileia do Itaú Unibanco encerrou setembro em 19,5%, 1,1 ponto porcentual maior em relação ao segundo trimestre, de 18,4%. Em um ano, estava em 19,0%. O indicador mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer o seu capital e foi impulsionado pelo maior lucro do banco no período. Neste caso, quanto maior, melhor.
O índice de Capital Principal, ou seja, dos próprios acionistas, foi a 16,7% ao final de setembro contra 15,7% no trimestre anterior e em um ano. Considerando as novas regras de Basileia III, de acordo com o Itaú, o indicador seria de 14,6% ante 13,5% e 13,6%, respectivamente. Pelas novas regras de Basileia, o mínimo terá de ser de 7,0% a 9,5% em 2019.
Em nota à imprensa, o Itaú destaca que o índice de Basileia do terceiro trimestre demonstra a “forte posição de capital do banco”. Neste contexto, o banco retirou, no mês passado, o limite máximo de 45% de prática de payout do seu lucro líquido recorrente, mantendo o patamar mínimo em 35%.