O termo “Jair Cashback” entrou para o primeiro lugar no ranking dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil, o chamado Trending Topics, na manhã desta sexta-feira, 2.

A expressão surge em meio a denúncias do fechamento de contratos do governo com empresas sem licitação e com o destino de parte da verba à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio de doações.

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“Como as rachadinhas em dinheiro vivo estão sendo investigadas e descobertas pelo jornalismo sério, agora o bolsonarismo ensina seus seguidores e empresários ‘muito patriotas’ o caminho do Pix. Vale lembrar que é o nosso imposto. Com vocês, JAIR CASHBACK”, publicou um perfil na rede.

“Rachadinha era coisa de deputado, vereador. Na presidência o esquema do Jair é cashback!”, ironizou outro usuário.

Os internautas citam manchetes da imprensa que mostram que a empresa do ex-piloto e apoiador de Bolsonaro Nelson Piquet teria recebido R$ 6,6 milhões do Instituto Nacional de Meteorologia (órgão ligado ao Ministério da Agricultura) sem licitação e doado R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro.

Além disso, também mencionam outras reportagens que mostram que o empresário Gilson Trennenpohl teria recebido R$ 2,1 milhões por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia e contribuído com R$ 350 mil na campanha à reeleição do presidente.

As denúncias se somam à revelação feita no último dia 30 pelo portal Uol de que a família Bolsonaro teria adquirido 51 imóveis pagos parcial ou totalmente em dinheiro vivo desde 1990, levantando suspeitas de envolvimento do clã Bolsonaro em esquemas de lavagem de dinheiro.