22/09/2022 - 1:40
Novas imagens divulgadas quarta-feira pelo Telescópio Espacial James Webb da NASA estão revelando Netuno e os anéis difíceis de detectar do planeta sob uma nova luz.
“Faz três décadas desde a última vez que vimos esses anéis fracos e empoeirados, e esta é a primeira vez que os vemos no infravermelho”, disse Heidi Hammel, especialista em Netuno e cientista interdisciplinar do projeto Webb, em uma notícia. liberar.
+ Telescópio James Webb captura novos detalhes da nebulosa de Tarântula
Além de vários anéis estreitos e nítidos, as imagens do Webb mostram as faixas de poeira mais fracas de Netuno. Alguns dos anéis não foram observados desde que a Voyager 2 da NASA obteve a primeira prova fotográfica da existência dos anéis de Netuno durante seu sobrevoo em 1989.
Escuro, frio e açoitado por ventos supersônicos, Netuno é o planeta mais distante do nosso sistema solar. O planeta e seu vizinho Urano são conhecidos como “gigantes de gelo” porque seus interiores são compostos de elementos mais pesados que os gigantes gasosos Júpiter e Saturno, que são mais ricos em hidrogênio e hélio.
Nas novas imagens, Netuno parece branco, em oposição à típica aparência azul que tem nas vistas capturadas em comprimentos de onda visíveis de luz. Isso ocorre porque o metano gasoso, parte da composição química do planeta, não parece azul para a câmera infravermelha de Webb (NIRCam).
Também visíveis nas imagens estão as nuvens de metano-gelo – faixas brilhantes e manchas que refletem a luz solar antes de ser absorvida pelo gás metano. Também é possível identificar uma linha fina e brilhante circulando o equador do planeta, que pode ser “uma assinatura visual da circulação atmosférica global que alimenta os ventos e tempestades de Netuno”, de acordo com o comunicado.
Webb também capturou sete das 14 luas conhecidas de Netuno, incluindo sua maior lua, Tritão, que se move ao redor do planeta em uma órbita incomum para trás. Os astrônomos pensam que Tritão foi talvez um objeto no Cinturão de Kuiper – uma região de objetos gelados na borda do sistema solar – que caiu nas garras gravitacionais de Netuno. Os cientistas planejam usar o Webb para estudar mais Tritão e Netuno nos próximos anos.
Localizado 30 vezes mais longe do sol do que a Terra, Netuno se move através de sua órbita solar na região remota e escura do sistema solar externo. A essa distância, o sol é tão pequeno e fraco que o meio-dia em Netuno é semelhante a um crepúsculo na Terra, disse o comunicado de imprensa.
Webb é uma missão de mais de 10 anos administrada pela NASA, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense.
Comparado com outros telescópios, o espelho massivo do observatório espacial pode ver galáxias mais fracas que estão mais distantes e tem o potencial de melhorar a compreensão dos cientistas sobre as origens do universo. No entanto, também está usando sua qualidade de imagem estável e precisa para iluminar nosso próprio sistema solar, com imagens de Marte, Júpiter e agora Netuno.
