A atriz americana Jane Fonda convocou a Ópera de Viena, nesta quarta-feira (15), a cortar suas relações com a indústria do petróleo, que descreveu como “criminosa”.

Fonda também abordou a questão geopolítica, expressando sua “raiva” contra o presidente russo, Vladimir Putin, e elogiando “a coragem do povo ucraniano e de seu extraordinário líder”, Volodimir Zelensky, uma figura que “soube estar à altura” dos tempos.

Em uma coletiva de imprensa, a atriz de 85 anos disse ter tido conhecimento de que a empresa petrolífera austríaca OMV “é uma das patrocinadoras do baile” da Ópera de Viena.

“Lamento ouvir isso. Essas empresas são criminosos que matam pessoas e o planeta”, denunciou.

Segundo ela, a companhia busca melhorar sua imagem e “se tornar socialmente aceitável, pagando dinheiro a museus e óperas”.

“A Ópera de Viena é fantástica e deve deixar de receber o apoio de uma empresa petrolífera”, insistiu.

Diante do aumento da pressão sobre as instituições culturais associadas a empresas que exploram combustíveis fósseis, a Royal Opera House em Londres anunciou, em janeiro, o fim do contrato com a gigante do petróleo BP.

A multinacional austríaca OMV também é parceira de longa data da gigante de gás russa Gazprom.

Ícone da indústria cinematográfica, Fonda está associada à militância pacifista, ao feminismo e ao ativismo ambiental desde os anos 1970.