Vice-presidente para Supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr não discutiu a política monetária nesta sexta-feira, 1, em discurso sobre gerenciamento de riscos à liquidez. Ele falou em evento do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, Alemanha, e comentou estresses recentes em alguns bancos menores nos Estados Unidos e também do Credit Suisse, na Europa. Barr defendeu a janela de desconto como um instrumento importante, para conter momentos de estresse bancário.

O dirigente do Fed enfatizou a importância de um “planejamento de liquidez robusto, para horas boas e ruins”. Barr lembrou que, em março, alguns bancos menores nos EUA, como o Silicon Valley Bank (SVB), cumpriam as regras de capital, mas não tinham capital suficiente para dar garantias a depósitos não regulados de que enfrentariam turbulências na liquidez.

Barr disse que há mais que reguladores e supervisores podem fazer para ajudar a gerenciar a liquidez dos bancos e sua prontidão operacional, mas acrescentou que hoje concentraria sua fala na janela de desconto do BC americano. Entre os bancos menores que quebraram nos EUA, o dirigente notou que eles não tinham robustez suficiente para o gerenciamento de riscos à liquidez. Barr notou que, entre os bancos que têm essa possibilidade, empréstimos na janela de desconto do Fed devem ser um elemento importante, no mix para gerenciar turbulências na liquidez.

O vice-presidente para Supervisão do Fed defendeu a janela de desconto como um instrumento importante para os bancos, com taxas previsíveis e uma linha de financiamento em andamento, e também para a estabilidade financeira. Em sua fala, ele ainda argumentou por uma boa comunicação entre reguladores internacionais, para lidar com quadros de estresse.