Se 2021 foi marcado pelo início do turismo espacial, com a ida de civis ao espaço, os próximos anos prometem novas revoluções. Uma das ideias para se chegar à órbita terrestre é por meio de um elevador. Parece maluquice, mas uma empresa japonesa diz que vai construir esse transporte até 2050.

A Obayashi Corporation, empresa responsável pelo maior prédio de Tóquio, com 634 m de altura concluiu um estudo de dois anos onde o Elevador Espacial se mostrou viável. Estimam que em 2030 estaremos produzindo nanofilamentos de comprimento ilimitado, e que em 2050 a obra de construção do Elevador Espacial estará concluída.

+ Nasa lança com sucesso supertelescópio James Webb

É algo que consumirá boa parte do PIB mundial, mas se realmente for feito abrirá as portas do Sistema Solar para a Humanidade. Como o próprio Tsiolkovsky falou, a Terra é o berço do Homem mas você não pode permanecer no berço para sempre.

A construção de Elevadores Espaciais em corpos com menos massa, como a Lua será ainda mais simples. Logo naves jamais pousarão, apenas acoplarão com espaçoportos em órbita geoestacionária, e os passageiros e a carga descerão de elevador.

O elevador subiria a 200 quilômetros por hora por um cabo, ligando a Terra ao espaço. Ultrapassaria a estação espacial internacional. Continuaria subindo e, depois de três semanas, alcançaria incríveis 100 mil quilômetros. Cerca de um terço da distância até a lua. De acordo com a companhia, o dispositivo seria composto por um cabo de nanotubos de carbono de 96 mil quilômetros, um porto flutuante na Terra de 400 metros de diâmetro e um contrapeso de 12.500 toneladas.

O cabo ficará bem esticado e bem preso nas duas pontas: na Terra, e em uma base, no oceano. E lá em cima, em uma plataforma de desembarque. Os japoneses querem construir uma estação que vai girar na órbita da Terra. Sem necessidade de foguetes para vencer a gravidade, ir ao espaço ficaria mais barato e mais seguro.  Uma coisa é certa: o último andar terá a melhor vista do universo.