Em busca de novas oportunidades, a JBS, uma das principais empresas do setor de alimentos em todo o mundo, revelou nesta quarta-feira, 12, sua intenção de propor aos acionistas a negociação de suas ações tanto na Bolsa de Nova York (EUA) quanto na B3, a bolsa brasileira. Esse movimento, conhecido como listagem dupla, marca uma reestruturação acionária significativa para a empresa.

Para concretizar esse plano, a companhia precisará obter aprovação em uma assembleia geral de acionistas, bem como obter autorizações dos órgãos reguladores relevantes, incluindo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos EUA.

+ Para disseminar ‘cultura JBS’ na Austrália, empresa levará 1.500 brasileiros

+ JBS investe R$ 800 mi para triplicar capacidade de planta em Diamantino, afetada por incêndio

Se todas as etapas forem concluídas com sucesso, as ações atualmente em circulação serão substituídas por novos títulos da empresa até o final deste ano. Ao ingressar na Bolsa de Nova York, a JBS deverá demonstrar uma governança reforçada, especialmente no que diz respeito às regulamentações de prevenção à lavagem de dinheiro.

Em contrapartida, a empresa terá acesso a um mercado que tem maior capacidade para adquirir ações da companhia do que seus títulos de dívida (Bonds), que atualmente são sobretaxados em pelo menos 1,5% em comparação com empresas similares nos EUA. A JBS acredita que essa mudança resultará em uma redução dos custos financeiros de sua dívida, que atualmente totaliza US$ 17 bilhões.