16/08/2014 - 16:53
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) mataram, nas últimas duas semanas, mais de 700 membros de uma tribo que tentou se rebelar contra sua autoridade em uma região do leste da Síria, informou neste sábado uma ONG.
Entre os 700 mortos da tribo dos shaitat, 100 são combatentes e o restante é de civis, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os jihadistas os mataram em várias localidades da província de Deir Ezzor, controlada em grande parte pelo EI.
Segundo a ONG, que se baseia em uma ampla rede de combatentes e fontes médicas, os ataques ocorreram nas localidades de Ghranij, Abu Hamam e Kashkiye.
Para o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, “desconhece-se o paradeiro de mais de 1.800 membros desta tribo”.
A tribo dos shaitat luta desde o fim de julho contra o EI nestas três localidades, após a detenção de três de seus membros pelos jihadistas, que violaram um acordo entre os dois campos. A tribo comprometeu-se a não se opor ao EI, se os jihadistas deixassem seus membros em paz.
O Estado Islâmico se retirou por um momento destas localidades antes de retomar novamente o controle, no fim da semana passada.
No começo de agosto, o EI decapitou três membros dos shaitat.
Depois de expulsar seus rivais, o EI tomou o controle da maior parte da província de Deir Ezzor, integrado ao seu “califado” proclamado no fim de junho nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque.