Por Miguel Lo Bianco e Horacio Soria

BUENOS AIRES (Reuters) – O argentino Santiago Cutaia, de 34 anos, nunca havia sentido a euforia da conquista de uma Copa do Mundo por seu país, tendo nascido dois anos depois que Diego Maradona ergueu o troféu pela última vez para a seleção argentina, em 1986.

Agora ele sabe como é ser campeão do mundo.

Sua geração, que cresceu após o auge de Maradona, testemunhou pela primeira vez sua seleção se tornar campeã mundial no domingo, derrotando a França nos pênaltis em uma final eletrizante. Foi o terceiro título da Argentina, o primeiro em 36 anos.

“Tenho 34 anos e nunca tinha visto a Argentina ser campeã”, disse Cutaia enquanto comemorava com centenas de milhares de outros torcedores no centro de Buenos Aires vestindo camisa azul e branca e de óculos escuros.

A conquista também foi a primeira do Mundial por Lionel Messi, que viveu por muito tempo na sombra de Maradona na Argentina, onde os torcedores ainda adoram o ex-camisa 10 com um status quase divino.

“Celebrar aqui com todos –e ter o bônus de que Messi ganhou o troféu– é uma felicidade inexplicável”, acrescentou Cutaia.

Nas ruas da capital os argentinos festejaram até a madrugada desta segunda-feira. Eles subiram em pontos de ônibus e postes de luz, tocaram buzinas e tambores e soltaram fogos de artifício no céu noturno. Alguns até escalaram o alto monumento do Obelisco.

“É uma loucura, olha isso. É a primeira vez que vivo isso”, disse o torcedor Valentin, festejando na cidade com rosto pintado com as cores da bandeira argentina.

“Ainda não consigo acreditar. Estou muito feliz. Messi mereceu por muito tempo. Agradeço à equipe pelo que eles fizeram.”

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