O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, decidiu nesta quarta-feira, 13, remeter ao Supremo Tribunal Federal a investigação sobre o “tesouro perdido” atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima – preso na Papuda. O magistrado alegou em sua decisão que “há sinais de provas que podem levar ao indiciamento” do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA), irmão de Geddel, pelo crime de lavagem de dinheiro.

Conforme a Constituição, congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvo de inquéritos criminais que tramitem na Corte.

Geddel está preso desde a semana passada na Papuda, por ordem de Vallisney.

No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento situado em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que foi Lúcio quem pediu o imóvel emprestado e que o fez em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel.

Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.

Caberá aos ministros da Corte deliberar se toda a investigação correrá na instância superior ou apenas a parte referente a Lúcio.