21/04/2023 - 15:31
Por Hyunjoo Jin e Dan Levine e Abhirup Roy
LOS ANGELES (Reuters) – O júri de um tribunal estadual da Califórnia concedeu na sexta-feira uma vitória esmagadora à Tesla Inc TSLA.O, concluindo que o recurso de direção autônoma da montadora não falhou em funcionar com segurança no que parece ser o primeiro julgamento relacionado a um acidente envolvendo o software de condução parcialmente automatizado.
A decisão pode ser uma vitória importante para a Tesla, que testa e lança seu sistema de direção autônoma e o mais avançado “Full Self-Driving (FSD)”, que o presidente-executivo Elon Musk considera crucial para o futuro de sua empresa, mas que atraiu atenções regulatórias e jurídicas.
Justine Hsu, moradora de Los Angeles, processou a fabricante de veículos elétricos em 2020, dizendo que seu Tesla Model S desviou para um meio-fio enquanto estava no piloto automático e, em seguida, um airbag foi acionado “tão violentamente que fraturou a mandíbula da autora da ação, quebrou dentes, e causou danos nos nervos de seu rosto”.
Ela alegou que há defeitos no projeto de direção automática e do airbag e pediu mais de 3 milhões de dólares em indenizações pelos supostos defeitos e outras reclamações.
A Tesla negou responsabilidade pelo acidente de 2019. A empresa disse em um processo judicial que Hsu usou o sistema de direção automática nas ruas da cidade, apesar do manual do usuário da Tesla alertar contra isso.
Durante uma audiência no Tribunal Superior de Los Angeles na sexta-feira, o júri não concedeu a Hsu qualquer tipo de indenização. Os jurados também concluíram que o airbag não falhou em funcionar com segurança e que a Tesla não deixou intencionalmente de revelar os fatos a ela.
Representantes da Tesla e um advogado de Hsu não comentaram o assunto imediatamente.
(Reportagem de Abhirup Roy em Los Angeles e Hyunjoo Jin e Dan Levine em San Francisco)