28/11/2024 - 10:46
A taxa média de juros no crédito livre aumentou de 39,9% em setembro para 40,2% em outubro, informou o Banco Central. Em outubro de 2023, a taxa era de 42,0%.
O juro médio do crédito livre para pessoas físicas ficou estável na passagem de setembro para outubro, em 52,4%.
A taxa média cobrada das empresas oscilou de 20,6% (dado revisado) para 21,4%.
Cheque especial
A taxa do cheque especial caiu de 136,3% (dado revisado) para 135,3% no período. A do crédito pessoal aumentou de 42,2% (dado revisado) para 43,4%.
Os bancos brasileiros oferecem parcelamento de dívidas no cheque especial desde 2018, válida para débitos maiores que R$ 200. Em 2020, o BC passou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês, ou 151,82% ao ano.
Veículos
O juro médio no crédito para aquisição de veículos aumentou de 25,5% em setembro para 25,9% em outubro.
Operações livres e direcionadas
A taxa média no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de 27,6% para 28,1%. Em outubro de 2023, estava em 29,3%.
ICC
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu de 21,8% para 21,7%. O índice mostra o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.
Na prática, reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
Spread
O spread médio em operações de crédito livre caiu de 28,4 pontos porcentuais em setembro para 28,2 pontos em outubro, informou o Banco Central. Essa métrica representa a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais.
O spread médio no segmento de pessoa física caiu de 40,8 pontos porcentuais em setembro para 40,2 pontos em outubro. Nas operações de empresas, passou de 28,4 para 28,2 pontos
O spread médio do crédito direcionado, com recursos da poupança e BNDES, passou de 4,0 pontos em setembro para 4,4 pontos em outubro. O spread do crédito total, que inclui livre e direcionado, permaneceu em de 18,4 pontos.
Inadimplência
A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com bancos caiu de 4,5% em setembro para 4,4% em outubro, informou o Banco Central. A taxa para pessoas físicas cedeu de 5,6% para 5,5%. A de empresas ficou estável, em 2,9%.
A inadimplência do crédito direcionado, com recursos da poupança e do BNDES, subiu de 1,5% em setembro para 1,6% em outubro. Considerando o crédito total, que inclui o livre e o direcionado, a taxa se manteve estável, em 3,2%.
Endividamento das famílias
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro permaneceu em 48,0% em setembro, o mesmo nível de agosto (dado revisado), informou o Banco Central. O recorde histórico, de 49,9%, foi atingido em julho de 2022. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento também ficou estável, em 30,0%.
O programa Desenrola, encerrado em maio, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos.
O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu de 26,7% em agosto (dado revisado) para 26,5% em setembro. Sem contar os empréstimos imobiliários, ele variou de 24,6% (revisado) para 24,3%.