15/01/2025 - 10:13
Os juros futuros operavam nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 15, em baixa, diante do recuo dos rendimentos dos Treasuries antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de dezembro. A fraqueza do setor de serviços no Brasil maior que a esperada também ajuda no alívio.
O volume de serviços prestados caiu 0,9% em novembro ante outubro, além da mediana de -0,5% das projeções, que iam de -1,6% a alta de 0,9%. Sinais de fraqueza da economia tiram pressão do Banco Central em relação ao tamanho do ciclo de aperto monetário
No câmbio, o dólar perde força no mercado à vista, após abrir com viés de alta. O ajuste estende a recuperação do real dos últimos dois dias, na esteira da alta das commodities e queda externa da divisa norte-americana ante alguns pares principais, como iene, libra, e moedas emergentes, como peso mexicano e rand sul africano. Minério de ferro e petróleo avançam nesta manhã. No mês até ontem, o dólar à vista acumulava queda de mais de 2%.
Para o CPI dos EUA, que será divulgado às 10h30, a expectativa é de alta mensal de 0,3% e anual de 2,9%, acima dos 2,7% de novembro. Surpresas abaixo do esperado no CPI podem fortalecer a queda do dólar, juros dos Treasuries e alta das bolsas, enquanto dados acima do esperado podem gerar estresse.
Balanços corporativos e políticas expansionistas sob o governo Donald Trump, que toma posse na próxima segunda-feira, também estão no radar. Discursos de quatro dirigentes do Fed ao longo do dia também serão monitorados. Até aqui, os analistas preveem pelo menos mais uma redução adicional de 25 pontos-base nos juros neste ano – atualmente na faixa de 4,25% a 4,50%, mas sem descartar interrupção no ciclo.
Às 9h26, a taxa de depósito financeiro (DI) para janeiro de 2026 caía para 14,865%, de 14,912% no ajuste ontem.
O DI para janeiro de 2027 recuava para 15,095%, de 15,204% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2029 cedia para 15,035%, de 15,162%.