A taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE) deve continuar em trajetória de queda até deixar de ser restritiva “em um futuro próximo”, na primavera ou verão do Hemisfério Norte, estimou o dirigente e presidente do BC da Finlândia, Olli Rehn. Contudo, Rehn evitou prever quais serão os próximos passos de política monetária, alegando que é necessário “deixar espaço para manobrar” as decisões de acordo com dados.

Na visão dele, a política monetária já teve sucesso em conter a inflação sem custos sociais significativos e a flexibilização permitirá a retomada de investimentos no bloco.

Rehn vê sinais de estabilização dos preços próxima à meta de 2%, com a desaceleração da inflação salarial.

Ao mesmo tempo, o dirigente alerta que os riscos para o crescimento econômico são de baixa, diante da incerteza sobre políticas comerciais globais. “As exportações não estão se tornando um catalisador significativo do crescimento e há problemas estruturais com a competitividade da zona do euro”, disse, em comentários que contrastam com o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Na quinta-feira, 30, ela expressou confiança sobre exportações tomarem papel central no impulso do Produto Interno Bruto (PIB) europeu.