O mercado doméstico mostra um início de sessão com viés mais pessimista, com dólar em alta tanto nos negócios à vista como no futuro. Os juros futuros acompanham esse movimento e o mau humor do exterior não impossibilita vislumbrar uma melhora. A expectativa de um modo geral é de uma segunda-feira de volatilidade.

Perto das 9h50, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,77%, ante 12,73% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 exibia taxa de 12,58%, ante 12,53% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,75%, ante 12,73% no ajuste de sexta-feira. O dólar à vista no balcão tinha alta de 0,66%, a R$ 2,6110, enquanto o futuro para dezembro tinha alta de 1,39%, a R$ 2,61890.

O IBC-Br subiu 0,40% em setembro e ficou acima da mediana das projeções (+0,20%), mas é ofuscado pelo turvo cenário político diante da indefinição do nome do futuro ministro da Fazenda, pela falta de sinalização mais clara sobre mudanças nas políticas econômicas no segundo mandato de Dilma Rousseff, além da cada vez mais profunda crise da Petrobras. No exterior, o dólar sobe ante as principais rivais e moedas emergentes, o que influencia também o câmbio local.

Já o desempenho do IGP-10 não chegou a mexer com o humor do mercado, apesar de ter superado o teto das estimativas. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro subiu 0,82%, ante avanço de 0,02% em outubro, ficando acima do teto das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde avanço de 0,60% até alta de 0,80%, com mediana positiva em 0,75%.

A pesquisa Focus do Banco Central também está no radar, após aumento das projeções para PIB e inflação. As previsões para Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 passaram para crescimento de 0,21% este ano, de previsão de 0,20% da semana passada e de 0,27% vista um mês atrás. Para 2015, a taxa foi mantida em alta de 0,80%. Com relação ao IPCA, as revisões voltaram a ser para cima, com a mediana das estimativas de 2014 indo de 6,39% para 6,40%. Há um mês, a taxa mediana estava em 6,45%. Para 2015, a inflação continuou em 6,40%, ante 6,30% visto há quatro semanas.

Às 8h48, o Ibovespa futuro caía 0,29%, aos 52.130 pontos. Logo mais, às 11 horas, a Petrobras realiza teleconferência sobre o adiamento do seu balanço.