13/05/2015 - 10:11
Os juros futuros intermediários e longos seguem em queda desde a abertura, enquanto as taxas de curto prazo rondam a estabilidade. O viés de baixa na curva a termo mais longa está em linha com os juros dos Treasuries, que atingiram as mínimas da sessão, enquanto o dólar ampliou a queda lá fora e ante o real e os índices futuros das bolsas de Nova York reduziram os ganhos depois de o Departamento do Comércio dos EUA informar que as vendas no varejo do país ficaram estáveis em abril, na comparação com março, um resultado pior que a alta de 0,2% prevista.
Às 9h37 (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía para 0,556% e o da T-note de 10 anos recuava para 2,196%, enquanto o dólar tinha baixa para 119,39 ienes e o euro subia para US$ 1,1283. O Dow Jones futuro reduzia a alta para 0,10%.
No mercado futuro, às 9h50, o DI para julho de 2015 se mantinha em 13,370%, ante 13,365% no ajuste da véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2016 desacelerava para 13,79%, ante 13,80% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2017 indicava 13,49% (13,56% no ajuste de ontem) e o DI para janeiro de 2021 projetava 12,70% (12,79%). O dólar à vista, por sua vez, caía 0,93%, a R$ 2,9960.
Os investidores processam ainda declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante sua estadia em Londres, na Inglaterra. Hoje, ele falou na Bolsa de Valores de Londres. Em pouco mais de 12 horas na capital britânica, o ministro da Fazenda já fez três palestras com um recado explícito: o governo está ajustando a economia e o País quer estrangeiros para financiar o investimento. Desde que chegou ontem, Levy tem repetido o discurso de que a correção de rumo está em curso no Brasil. Para colocar a casa em ordem, menciona o novo tripé que tem virado quase um mantra na equipe econômica: arrumar a situação fiscal, realinhar preços administrados com controle da inflação e investir em infraestrutura.
Também está no radar dos investidores a segunda etapa do aperto fiscal, com possível votação em plenário na Câmara, entre hoje e amanhã, da Medida Provisória 664, que endurece o acesso a benefícios previdenciários. A sessão que analisará a proposta está prevista para ocorrer nesta tarde. Na manhã desta quarta-feira, o vice-presidente e articulador político do governo Michel Temer está reunido com ministros e parlamentares para negociar o encaminhamento dessa votação.