BUENOS AIRES (Reuters) – A Justiça argentina levará oito pessoa a julgamento, entre médicos, enfermeiras e um psicólogo, que cuidaram da estrela do futebol Diego Maradona no momento da sua morte, por “presumido ato de homicídio simples”, segundo decisão judicial divulgada nesta quarta-feira.

O juiz responsável pelo processo questionou “as condutas –ativas ou omissas– que cada um dos acusados teria desenvolvido e contribuído à realização do resultado lesivo”, segundo a decisão com 236 páginas à qual a Reuters teve acesso.

+ Camisa que Maradona usou no gol “mão de Deus” bate recorde

Maradona, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, “em situação de desamparo” e “deixado à própria sorte”, segundo a investigação dos promotores.

“Em 30 de novembro de 2020, assim que vi a causa da morte, disse que era homicídio. Lutei por muito tempo e aqui estamos, com essa etapa cumprida”, disse Mario Baudry, advogado de um dos filhos de Maradona, à Reuters.

Os acusados são o neurocirurgião e médico pessoal do ex-jogador, Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, os enfermeiros Gisella Madrid e Ricardo Almirón, seu chefe Mariano Perroni, e os médicos Pedro Di Spagna e Nancy Forlini.

O juiz também acusou Luque de ter falsificado a assinatura de Maradona para retirar seu histórico clínico do hospital e Cosachov por “falsidade ideológica”.

(Reportagem de Ramiro Scandolo)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI5L10Y-BASEIMAGE