A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o despejo da WeWork do Edifício Seelinger, localizado no bairro Barra da Tijuca, da capital do estado. A decisão foi proferida na terça-feira, 17, em uma ação movida pelos dois donos do prédio, a Gaia Realizações Imobiliárias e o fundo de investimentos Fator Verità Multiestratégia.

O acontecimento veio a público em fato relevante divulgado pelo gestor do fundo, o Grupo Fator. O documento afirma que a WeWork deve todos os aluguéis desde 15 de junho. Também diz que a empresa foi notificada para sanar o pagamento, porém não se manifestou na direção de qualquer conciliação extrajudicial.

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A sentença da Justiça em 17 de setembro de 2024 determina que a WeWork tem o prazo de 15 dias para esvaziar o prédio, contados a partir da data de recebimento do mandato.

Empresa também foi despejada em São Paulo

A gestora de investimentos Rio Bravo divulgou na terça-feira, 17, que também conseguiu uma ordem de despejo contra a WeWork em um processo movido pelo fundo Rio Bravo Renda Corporativa. O imóvel em questão está localizado na Vila Madalena, em São Paulo, e é sede de várias empresas, como a corretora digital Quinto Andar.

Existem atualmente ao menos outras seis ações de despejo movidas contra a empresa de escritórios compartilhados por diferentes locatários. A empresa foi contatada para comentar a mais recente decisão da Justiça, e enviou a seguinte nota:

“Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade. As negociações já estão resultando em acordos com locadores e seguimos comprometidos em prestar o excelente serviço que nossos membros esperam.”