A Justiça de São Paulo aceitou, na noite desta segunda-feira, 20, o pedido de recuperação judicial da Polishop. A varejista vem enfrentando problemas econômicos desde 2021 e acumula dívidas de R$ 352,1 milhões. 

Com isso, as execuções, arrestos, penhoras e demais constrições contra a companhia por credores estão suspensas por 180 dias. A decisão foi deferida pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. Na decisão, o juiz determinou que a companhia deve apresentar de contas até o dia 30 de cada mês, sob pena de afastamento dos seus controladores e substituição dos seus administradores. 

A administradora judicial, Cabezón Administração Judicial, deverá apresentar, em 48 horas, um termo de compromisso e, em 15 dias, uma proposta de trabalho e remuneração, além do primeiro relatório sobre o andamento do processo.

A Polishop já fechou mais de 100 lojas em shoppings e é alvo de mais de 50 ações de despejo.

No pedido de recuperação judicial que a IstoÉ Dinheiro teve acesso, os advogados afirmaram que “não há alternativa para superar a situação momentânea de crise econômico-financeira deficitária, senão através de uma reestruturação por meio do processo de Recuperação Judicial, o qual visa contribuir para que a sociedade empresária economicamente viável supere as dificuldades e permaneça no mercado gerando renda, empregos e tributos, exercendo, assim, sua função social”.

Em resposta à reportagem, a Polishop afirmou que não vai se pronunciar sobre a decisão.