01/10/2019 - 17:14
A Corte de Apelações de Paris ordenou a retomada das investigações da queda de um Boeing 737 em Sharm el-Sheikh, no Egito, em 2004, dois anos após a sua anulação, para ouvir um executivo da companhia egípcia – disseram diferentes fontes à AFP nesta terça (1º).
Famílias das vítimas recorreram da anulação determinada em julho de 2017 por um juiz de instrução de Bobigny, na região parisiense, no fim da investigação sobre o acidente.
Em 3 de janeiro de 2004, a queda de um avião da companhia aérea de baixo custo Flash Airlines deixou 148 mortos, entre eles 134 franceses.
Mais de 13 anos depois do episódio, o juiz considerou que a investigação não permitia “considerar outra hipótese a não ser de erros imputáveis à equipe de voo”, morta na tragédia.
A decisão irritou as partes civis.
Os demandantes denunciaram um processo concluído sem a acusação, ou a audiência, dos executivos da companhia, hoje liquidada, “quando se estabeleceu que ela cometeu algumas infrações”, disse à época o advogado da associação das famílias, Jean-Pierre Bellecave.
Em 2009, um relatório de especialistas destacou a formação insuficiente dos pilotos e denunciou as “infrações” da companhia.
Em 3 de janeiro de 2004, a aeronave da companhia egípcia caiu três minutos após decolar do balneário, rumo a Paris.