24/05/2010 - 6:14
O juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial, homologou nesta segunda-feira 24 o pedido de recuperação extrajudicial com os credores financeiros e comerciais da Gradiente. O acordo com os credores havia sido acertado em dezembro e esperava a homologação da Justiça.
Essa aprovação é o primeiro passo para que a Gradiente retorne a vida com o nome de Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), que terá sede em Manaus, vai arrendar os ativos da antiga Gradiente, e fabricará tevês de LCD e notebooks.
Pelo acordo apresentado em dezembro de 2009, a Gradiente tem nove anos para pagar uma dívida de R$ 385 milhões. Os dois primeiros anos são de carência. A partir de 2012, começa a quitar o saldo.
A empresa também aderiu ao Refis IV, chamado de o “Refis da crise”, programa de recuperação de crédito para pessoas jurídicas em má situação fiscal. A dívida de R$ 150 milhões deve cair para cerca de R$ 90 milhões. E a companhia ainda terá 15 anos para pagar.
A Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD) precisa também de R$ 130 milhões para iniciar a operação. De acordo com Staub, em entrevista à DINHEIRO em dezembro, metade deste valor virá do aporte de quatro a cinco novos sócios, que estavam em fase adiantada de negociação.
O objetivo da nova companhia era faturar R$ 300 milhões no primeiro ano de operação. No final da década, a estimativa é de uma receita R$ 800 milhões. Em 2006, último ano em que declarou o faturamento, a receita foi de R$ 1,8 bilhão. A participação de mercado não deve ser superior a 5% nos segmentos em que vai atuar.