A Oi, em recuperação judicial, informou na noite de terça-feira, 28, que o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da companhia e de suas subsidiárias, Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A.

A proposta aprovada pelos credores em assembleia em abril deve solucionar uma dívida de R$ 44,3 bilhões. A aprovação contou com o apoio de 79,87% dos credores quirografários (cujas dívidas não têm garantias), detentores de 56,15% do valor da dívida.

A espinha dorsal do plano é a injeção de recursos na Oi para sustentar suas operações até a realização da venda de ativos.

Foi acertado um novo financiamento de até US$ 655 milhões, o equivalente a cerca de R$ 3,4 bilhões no câmbio atual. Desse total, os credores financeiros vão colocar US$ 505 milhões, enquanto a empresa de infraestrutura de telecomunicações V.tal, controlada pelo BTG Pactual, aportará de US$ 100 milhões a US$ 150 milhões.

Sob o plano, os credores terão 30 dias ou 20 dias, conforme a opção de pagamento, contados da data da homologação, para novamente analisar o aspecto econômico-financeiro de seu crédito e optar pela melhor opção de pagamento, disse o tribunal.

Esse é o segundo processo consecutivo de recuperação judicial enfrentado pela companhia desde que um primeiro pedido foi feito em 2016.