A Justiça do Rio manteve neste domingo, 18, a prisão do empresário Victor Arthur Pinho Possobom, de 32 anos, flagrado em imagens agredindo e torturando um menino de 4 anos, que era seu enteado. O juiz Antonio Luiz Da Fonsêca Lucchese manteve a prisão e determinou que o empresário fosse encaminhado para tratamento psicológico.

Os advogados alegam que ele sofre de transtornos psiquiátricos e solicitaram que recebesse medicação.

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Preso preventivamente na Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da cidade, Possobom passou por audiência de custódia no início desta tarde. “Ante o exposto, reconhecendo a legalidade do ato prisional, mantenho a prisão de Victor Arthur Pinho Possobom, o que poderá ser reapreciado a critério do juízo natural. Encaminhe-se o indiciado para atendimento médico, uma vez que faz tratamento psicológico, conforme afirmado”, decidiu o juiz.

Na audiência de custódia, o MP opinou pela manutenção da prisão de Possobom. A defesa do empresário pediu ao magistrado que fosse autorizada a entrada de medicamentos controlados para o padrasto do menino agredido.

O pedido foi aceito pelo juiz. “Autorizo que o patrono do indiciado entregue a medicação que o custodiado faz uso regular, devendo à SEAP adotar as providências de praxe para tanto”.

Possobom se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira, 16. A prisão havia sido decretada pela Justiça horas antes, depois que foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de agressão e tortura contra o enteado.

O empresário foi à 77ª DP (Icaraí, bairro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio) acompanhado por um advogado e um coronel da Polícia Militar. Dali, foi conduzido à 76ª DP (centro de Niterói), onde o caso é investigado.

As agressões foram registradas por câmeras de segurança do prédio onde o acusado morava com a então mulher, o filho dela e a filha que o casal teve, em Niterói.

No registro em vídeo, Possobom está em um sofá no saguão do prédio. Ele olha ao redor aparentemente se certificando de que não havia testemunhas. Depois, ao constatar que está sozinho com a criança, a sufoca e agride. Já no elevador, o homem coloca a mão na boca e no nariz do menino, que permanece imóvel.