A empresa de artigos de luxo Kering teve receita de 4,39 bilhões de euros (US$ 4,52 bilhões) no quarto trimestre de 2024, uma queda de 12% em relação a igual período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 11. No entanto, o resultado representa recuo menor que o esperado por analistas da FactSet, que previam queda a 4,23 bilhões de euros no período.

Somente a marca Gucci – principal companhia controlada pela francesa – teve queda anual de 24% nas vendas do trimestre, a 1,92 bilhões de euros. O grupo disse que teve uma ligeira melhora na América do Norte e na Ásia-Pacífico, e que o desempenho das novas linhas de artigos de couro, bem como das linhas icônicas da Gucci, foi altamente encorajador.

Por outro lado, a Kering relatou uma queda de 62% no lucro líquido anual para 1,13 bilhão de euros, abaixo dos 1,32 bilhão de euros esperados pela FactSet, enquanto o lucro operacional ficou em 2,55 bilhões de euros. A empresa propôs um dividendo de 6 euros por ação.

O conglomerado, que também é dono da Yves Saint Laurent, Bottega Veneta e Balenciaga, disse que aumentará os investimentos para impulsionar o crescimento de suas marcas, mantendo sua base de custos sob controle. O CEO da francesa, François-Henri Pinault, afirmou que não espera melhora ou deterioração dos negócios na China – um dos maiores mercados consumidores de luxo no mundo – em 2025, e previu uma melhora na demanda no próximo ano, impulsionada por subsídios do governo.

Após o balanço, a ação da Kering chegou a subir mais de 6% em Paris, contudo, arrefeceu o movimento e operava estável por volta das 8h50 (de Brasília). Outras ações do setor de luxo também tiveram impulso limitado pelo balanço da francesa, mas passaram a cair. Em Paris, o grupo LVMH caía 1,04% e a Hermes recuava 0,18%. Em Milão, Salvatore Ferragamo cedia 0,42%. *Com informações da Dow Jones Newswires.