Papéis avulsos

 

A Klabin planeja dobrar sua produção e sua geração de caixa nos próximos três anos. Para isso, ela vai realizar o maior investimento de sua história, R$ 6,6 bilhões, no chamado projeto Puma. A meta é construir uma nova fábrica em Ortigueiras, no Paraná, com apoio financeiro de fundos de investimento. A unidade será entregue em dois anos e as estimativas são de que a produção vai atingir 1,6 milhão de toneladas por ano, diz Fabio Schwartzman, diretor-geral da Klabin. “Vamos deixar de importar celulose de fibra longa”, diz. Adriano Moreno, analista da corretora baiana Futura Invest, afirma que as notícias agradaram ao mercado. “Já se espera uma melhora operacional da Klabin, tanto que os papéis subiram quase 15% neste ano.” (Confira mais detalhes sobre o projeto na reportagem “As novas garras da Klabin”, na revista Dinheiro Rural de setembro.)

 

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OGX


Mudanças no Grupo EBX

 

A petrolífera OGX anunciou, na quarta-feira 29, que o diretor de exploração, Paulo Ricardo, deixará o cargo para dar lugar a Paulo de Tarso Martins Guimarães. E não foram os únicos Paulos a mudar de lugar. Paulo Mendonça, conhecido como “Mr. Oil”, deixou o Grupo EBX na mesma data. Mendonça, primeiro diretor da OGX, havia sido transferido para a holding em junho de 2012. As mudanças mexeram com o mercado e as ações da companhia ficaram entre as maiores perdas do Ibovespa no dia, com queda de 8,4%. 

 

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Justiça


Processo derruba ações da Sabesp

 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando as relações entre duas empresas controladas pelo governo paulista: a estatal de saneamento Sabesp e a empresa energética Emae, sucessora da Light. Alguns acionistas da Emae acusam a Sabesp de retirar – sem pagar – água que seria usada pela Emae para gerar energia dos reservatórios Billings e Guarapiranga, em São Paulo. A pendência, que já dura duas décadas, entrou na pauta da CVM em agosto e corre sob sigilo. Por via das dúvidas, a notícia fez as ações da Sabesp cair 2,2% na quarta-feira 29. Procurados, Emae, Sabesp e o governo paulista não se manifestaram. 

 

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Quem vem lá


A largada da AutoBrasil

 

A AutoBrasil Participações, empresa que resulta da combinação dos negócios de veículos seminovos e usados de 11 grupos concessionários, de várias marcas, solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) análise de oferta pública inicial de ações (IPO) para listagem no Novo Mercado. A quantidade de ações na oferta e a faixa indicativa de preço ainda não constam no prospecto preliminar disponível na CVM. 

 

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Bancos


Santander prolonga recompra 

 

O Santander Brasil renovou por mais um ano o programa de recompra que deve retirar do mercado 1,5% das units atualmente em circulação. A meta do banco é comprar 57 milhões de units. O programa visa a permitir o pagamento de diretores e gerentes por meio do seu plano de incentivos de longo prazo. 

 

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Touro x Urso

 

O mês de agosto foi marcado por dois momentos no pregão. Na primeira quinzena, o índice Bovespa subiu 6%. Na segunda metade do mês, o cenário internacional fez a valorização do índice encolher para 2%. As perspectivas são ruins. A agência Moody’s baixou a nota da Espanha na quinta-feira 30, o que vai causar mais agitação.

 

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Mercado em números


Eletrobras 

R$ 2 bilhões - É o montante que a empresa quer captar com a emissão de debêntures simples. A primeira série, com vencimento para seis anos, pagará juros de 6% ao ano, mais inflação. A segunda tem prazo de dez anos e pagará 6,3% ao ano.

 

BP Biocombustíveis 

R$ 54,8 milhões - Foi o aumento de capital aprovado pela assembleia da empresa, por meio da emissão de 225,4 mil novas ações ordinárias, ao preço de R$ 0,24 por papel. 

 

São Carlos

R$ 35 milhões - Foi o valor pago pelo Centro Empresarial Candelária, no Rio de Janeiro. O imóvel, um edifício de escritórios com 5.587 m² de área locável, tem o valor de mercado para locação mensal em torno de R$ 120 por metro quadrado.

 

CCR

950 mil - É a quantidade de debêntures que a concessionária do Sistema Anhanguera-Bandeirantes vai emitir, no dia 15 de outubro, no valor de R$ 1 mil cada. O investimento mínimo para o varejo é de R$ 3 mil. 

 

Banco de Brasília

R$ 115 milhões - Foi o lucro líquido apurado no segundo trimestre, um crescimento de 3,7% perante o resultado do ano anterior. 

 

 

 

 

Pelo mundo


Lexmark pisa no freio

 

A Lexmark anunciou o fechamento, até 2015, da fábrica de impressoras nas Filipinas, o que resultará na demissão de 1,7 mil trabalhadores. Na terça-feira, as ações fecharam em alta de 15,18%, a US$ 21,89.

 

 

 

 

O enxugamento da Sharp

 

A japonesa Sharp cortará cinco mil vagas no mundo. A medida vem dias antes do anúncio da possível perda de US$ 1,3 bilhão no trimestre. A Sharp pagou US$ 1,9 bilhão à americana Dell pela fixação nos preços em TVs LCD. 

 

 

 

 

Merkel, a vendedora 

 

A China assinou acordo com a Alemanha para comprar 50 aviões da Airbus, transação que pode movimentar US$ 4 bilhões. A venda foi concretizada durante a visita da chanceler Angela Merkel ao país oriental. 

 

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Personagem


O passo internacional da Arezzo

 

O grupo varejista Arezzo&Co. lança, na quarta-feira 5, sua primeira loja nos Estados Unidos, sob a bandeira Schutz. Apesar do passo largo, Anderson Birman, presidente da companhia, diz que o foco do grupo ainda é o mercado doméstico. Ele recebeu a DINHEIRO em seu escritório em São Paulo:

 

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Anderson Birman, presidente: ”O sucesso na bolsa mostra que estamos no caminho certo”

 

Quais os planos de expansão do grupo para 2012?

Nosso foco é o mercado doméstico. A meta para 2012 é de abrir 58 lojas, e já inauguramos 17. Vamos investir R$ 50 milhões, neste ano, e 80% disso é para a expansão da rede. Hoje, temos 50 lojas próprias, 301 franqueadas e 2.515 pontos de venda.

 

Por que, então, abrir uma loja em Nova York?

Investiremos R$ 4 milhões nesta operação. Será um laboratório, uma maneira de avaliar o ritmo da economia americana. Escolhemos trabalhar com a marca Schutz por considerá-la a mais adequada ao mercado americano.

 

A Arezzo abriu capital em fevereiro de 2011. O que mudou depois da estreia?

Eu passei a trabalhar mais (risos). Agora, nós lidamos com um público tão exigente quanto os nossos clientes, que são os acionistas. Para isso, fortalecemos nossa governança corporativa. 

 

As ações subiram 62%, desde a abertura, e o Ibovespa caiu 14% no período. Por quê?

Esses resultados mostram que os investidores acreditam que estamos no caminho certo, com foco em um modelo de negócios sustentável, em boas práticas de governança e na entrega de resultados.

 

A empresa usa outras formas de captação?

Captamos pouco no mercado, pois a empresa gera bastante caixa. No segundo trimestre, a geração de caixa foi de R$ 34,6 milhões, crescimento de 22,4% em relação ao mesmo período de 2011.

 

O free float da companhia está em 47,4%. Com o retorno positivo na bolsa, pretendem aumentar esse percentual?

Não paramos para pensar nisso ainda. Nosso foco, hoje, está em manter os bons resultados com o que já temos planejado e estruturado.

 

 

 

Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira