Papéis avulsos

 

A Kroton Educacional mostrou, na terça-feira 19, o porquê de seus papéis se destacarem entre as maiores altas da BM&FBovespa, em 2012. A empresa divulgou um lucro líquido de RS 23,9 milhões, no quarto trimestre, revertendo prejuízo de R$ 7,2 milhões um ano antes. Em 12 meses, seu lucro líquido totalizou R$ 202 milhões. A receita líquida disparou 85% nos últimos três meses do ano, totalizando R$ 365 milhões, impulsionada pelo aumento do número de alunos do ensino superior, após a aquisição da Unopar e da Uniasselvi. 

 

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A Kroton, presidida por Rodrigo Galindo, anunciou, ainda, números preliminares do primeiro trimestre de 2013, sinalizando um forte início de ano, ao atingir a marca de meio milhão de estudantes. Segundo Ricardo Correa, diretor da Ativa Corretora, os benefícios das aquisições estão sendo incorporados e deverão impulsionar os resultados neste ano. “A geração de caixa segue sólida e estamos confiantes na performance positiva dos papéis da companhia”, afirma Correa.

 

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Educação financeira

 

Em Confiança inteligente, os autores Stephen M. R. Covey e Greg Link mostram como prosperar nos negócios e na vida, em cenários adversos e independentemente dos ciclos econômicos. Editora Leya, 352 páginas, R$ 39,90. 

 

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Quem vem lá


Mais 10 milhões de ações na Localiza

 

A locadora de veículos Localiza, presidida por José Salim Mattar, vai captar R$ 375 milhões emitindo dez milhões de novas ações. A captação elevará o capital social de R$ 976,7 milhões. A locadora também vai boni­ficar os atuais acionistas. Os investidores vão rece­ber gratuitamente uma nova ação para cada 20 que possuírem, levando em consideração a posição individual em 30 de abril deste ano.

 

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Construção


Helbor tem cotação recorde

 

A incorporadora Helbor divulgou, na terça-feira 19, um lucro de R$ 67,9 milhões no ano passado, 21% acima do registrado em 2011, e anunciou uma bonificação pela qual os acio­nistas que tiverem dez ações receberão três novas. As notícias refletiram-se nos pregões seguintes. Na quinta-feira 21, os papéis da companhia fecharam a R$ 12,95, renovando sua máxima his­tórica. 

 

 

 

 

Saúde


Amil sai da bolsa

 

A já anunciada saída da Amil do pregão tem data para acontecer: 23 de abril. Ao todo, a americana UnitedHealth, que comprou a empresa do brasileiro Edson de Godoy Bueno em outubro do ano passado, vai desembolsar R$ 2,87 bilhões para retirar os 93,5 milhões de ações do mercado. O valor é o mesmo do acordo com os controladores, que na época implicava um prêmio de 21,5%. A habilitação de acionistas ocorre entre 21 e 22 de abril. 

 

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Destaque no Pregão


Curto-circuito na Cemig

 

As ações da estatal mineira de energia Cemig caíram 14%, para R$ 22,20, no pregão da quarta-feira 20. O motivo da queda foi a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reduzir o valor da base de ativos regulatórios da distribuidora, dentro do seu processo de revisão tarifária. “Tudo aconteceu como esperávamos. Estamos surpresos com a reação do mercado”, afirmou o diretor-financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, ao tentar acalmar os investi­dores. Não adiantou. 

 

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Palavra do analista: para Victor Martins, analista da Planner, se o discurso da companhia estiver correto, a tendência é de relativa recuperação nas cotações das ações. A recomendação da corretora é a de manutenção dos papéis.

 

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Touro x Urso

 

No fim da Quaresma, a bolsa vem mantendo os investidores submetidos à abstinência de ganhos. Ações de empresas elétricas e de bancos forçaram a baixa dos principais índices, e há poucos sinais de reversão desse cenário nas próximas semanas devido às notícias ruins no cenário internacional.

 

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Mercado em números


MMX

R$ 792,4 milhões – Foi o prejuízo que a mine­ra­­dora do grupo de Eike Batista registrou em 2012. O valor é 40 vezes maior que o prejuízo de R$ 19,2 milhões registrado em 2011.

 

Eztec

R$ 336,2 milhões - Foi o lucro líquido regis­trado pela construtora em 2012. Outro indicador que chama a atenção foi a margem líquida de 42%, que superou em 12 pontos percentuais as projeções da empresa.

 

São Carlos

R$ 221 milhões – Foi o lucro anual da empresa de empreendi­mentos imobiliários em 2012. É o maior lucro na história da companhia.

 

BTG Pactual

US$ 160 milhões - É quanto o banco de André Esteves captou com a primeira emissão pública brasileira de bônus no mercado chinês. Em setembro, o BTG já havia emitido bônus em pesos colombianos em valor equivalente a US$ 200 milhões. 

 

Alpargatas

70,7 milhões – É a quantidade de calçados, vestuário e acessórios que a empresa vendeu no quarto trimestre de 2012. Destes, 62,3 milhões foram destinados ao mercado nacional. 

 

 

 


Pelo mundo


Distribuição bilionária de remédios

 

As redes de drogarias americanas Walgreens e Alliance Boots fecharam acordo com a empresa de logística Amerisource Bergen, que vai distribuir seus medicamentos pelos próximos dez anos. Em 2014, as remessas podem chegar a US$ 28 bilhões.

 

 

 

 

Italiana Salini quer avançar na Impregilo

 

A construtora italiana Salini está disposta a pagar € 1,6 bilhão para aumentar sua participação na compatriota Impregilo, hoje de 30%. Pietro Salini, CEO da Impregilo, diz esperar que o novo grupo gere € 10 bilhões em novas encomendas de infraestrutura no mundo.

 

 

 

 

A pirâmide do Facebook

 

A Securities and Exchange Commission dos EUA descobriu um esquema de pirâmide no IPO do Facebook. O acusado, Craig Berkman, pegou US$ 13,2 milhões de 120 investidores interessados nos papéis. Porém, nunca adquiriu as ações.

 

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Personagem


Battistella embarca na logística

 

Da mesma forma que Aracruz e Sadia, a catarinense Battistella fez apostas erradas no mercado de câmbio e sofreu prejuízos pesados com derivativos durante a crise de 2008. Diferentemente das duas empresas, que trocaram de dono, a Battistella não mudou de mãos. Ela vendeu ativos e cortou custos para sobreviver. Segundo Rildo Pinheiros, diretor de RI, a meta é faturar R$ 1 bilhão em 2013, apostando em logística e na revenda de caminhões.

 

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Rildo Pinheiros, diretor de RI: “Temos espaço para duplicar a área portuária”

 

Como a empresa perdeu R$ 160 milhões com derivativos? 

Nossa situação foi similar à que ocorreu com Aracruz e Sadia. Perdemos dinheiro com o câmbio e tivemos de buscar alternativas para sobreviver.

 

Quais foram essas alternativas?

Vendemos nossos ativos florestais, que estavam na origem do grupo, e renegociamos as dívidas com os bancos. Não temos mais um galho sequer. Nossa aposta agora é na logística e na venda de veículos. Somos processadores e exportadores de madeira. Movimenta­mos 42% do volume de madeira que é exportado pelo porto de Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina. Temos uma empresa que corta madeira e a vende para o Brasil e para o Exterior. Também vendemos caminhões Scania em 14 revendas em todo o País e representamos 18% do faturamento total da marca.

 

Qual a importância dessas atividades no faturamento do grupo?

A revenda de caminhões representa atualmente 90% do nosso faturamento, mas as melhores perspectivas estão em Itapoá. É um porto privado, especializado em cargas secas, e que atualmente movimenta o equivalente a 500 mil contêineres de 20 pés anuais. Nossa meta é quadruplicar essa capacidade nos próximos 12 meses. Para isso, nós e nossos sócios, a Logz Logística e a Aliança Navegação e Logística, vamos investir R$ 750 milhões. Temos espaço para expandir e duplicar a área portuária.

 

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Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira