24/08/2021 - 21:27
O leite sem lactose se tornou popular nas prateleiras dos mercados, pois a intolerância ao açúcar do leite pode ser mais comum do que imaginamos. Conforme o portal UOL divulgou, cerca de 60% a 70% da população apresenta algum nível de dificuldade em ingerir a lactose.
Por outro lado, as vacas passam por um processo dolorido para ‘oferecer’ leite suficiente ao consumidor, então, uma empresa na Califórnia está tentando combater essa triste realidade. O ‘Perfect Day’, é uma linha de produtos a base de leite cultivados em laboratório, o que inclui sorvetes, iogurtes e o leite sem lactose.
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Vários departamentos e lojas dos Estados Unidos estão embarcando na ideia para combater as questões ambientais e de bem-estar desses mamíferos. De acordo com aqueles indivíduos que usam os produtos, eles são tão bons quanto os fabricados com ‘leite original’.
Todavia, essa preocupação não se restringe apenas ao leite, os laboratórios estão cultivando outros alimentos de origem animal. Em Cingapura, por exemplo, é possível encontrar restaurantes renomados que têm no cardápio pratos à base de frango produzido em laboratório. Na linha ‘Perfect Day’, o foco está nos laticínios, principalmente no leite sem lactose, pela alta demanda dos últimos anos.
Tudo começou em 2014, quando Perumal Gandhi e Ryan Pandya, os donos da empresa, receberam uma enorme quantidade de interesse por produtos lácteos sem o envolvimento de animais. Foi então que dois anos mais tarde, eles começaram a trabalhar o processo de fermentação na empresa, que enfrentou diversas etapas de aprovação.
Para criar o leite sem lactose, eles recorrem aos métodos já comprovados de produção em condições laboratoriais. Os responsáveis colhem os genes das vacas (com auxílio de um cotonete, de forma indolor) e introduzem nos fungos, que crescem rapidamente. Os grandes tanques de fermentação cheios de fungos produtores de proteína do leite, geram altas quantidades do produto com rapidez e eficiência.
Não há nenhuma estimativa de quando esses alimentos de laboratórios serão distribuídos em escala global, porque, sobretudo, é preciso convencer a população sobre essa alternativa. Os resultados de um estudo idealizado na Austrália, apontou que 72% dos jovens da ‘Geração Z’ consideram desagradável e até mesmo nojenta a ideia de comer carne de laboratório.
A Geração Z é formada por indivíduos de até 24 anos, e mesmo eles afirmando que se preocupam com o meio-ambiente, não querem experimentar carnes, frangos, leite sem lactose e nada que não venha dos bichos.