Às portas do verão, as grandes cervejarias preparam-se para mais uma temporada de concorrência acirrada. Faça chuva ou faça sol, o brasileiro aproveita a estação mais quente do ano para celebrar aquela cervejinha gelada, símbolo de prazer integrado às experiências sociais. A diversidade das preferências, contudo, despontou em anos recentes, com um vasto leque de variedades disponíveis no mercado brasileiro. Uma das tendências é a busca do consumidor por produtos de maior qualidade, agrupados sob a denominação premium. A outra é o apelo da vida saudável e da boa forma que alavancou o segmento das controversas cervejas sem álcool. O momento é de desafio a médio e longo prazos, principalmente nestas duas categorias, para as gigantes que lideram um mercado enorme, consolidado, de 15 bilhões de litros anuais e geração de receita de R$ 340 bilhões na ponta do varejo – mas que cresceu só 1% em volume no ano passado.

A Ambev, divisão brasileira da belgo-americana AB Inbev, lidera no Brasil, com 63% em volume, um forte trunfo da capilaridade logística e o portfólio de produtos diversificado, seguida pela holandesa Heineken, que detém 21,3%. Apesar da distância aparentemente confortável da brasileira, os holandeses estão mostrando os dentes e mostram uma forte disposição para a briga – eles acabam de inaugurar uma de suas maiores fábricas do mundo em Minas Gerais. A unidade, localizada no sul do estado, tem seu foco justamente na estratégia de ampliar a distribuição e a fabricação de marcas de maior valor agregado.

A edição traz, ainda, os detalhes de um estudo feito pela consultoria Systemiq Latam sobre a necessidade de países em desenvolvimento investirem US$ 350 bilhões ao ano, até 2035, em resiliência de infraestrutura para a adaptação às mudanças climáticas; o desembarque da marca de luxo da BYD (Denza) no país; e as razões da derrocada do bitcoin – que despencou para um patamar inferior a US$ 90 mil pela primeira vez em sete meses.

Confira aqui a edição desta semana