Na disputa pela compra da Warner Bros. Discovery, duas outras gigantes do entretenimento estão jogando pesado: Netflix, que ofertou US$ 72 bilhões e Paramount, com US$ 108 bilhões, em oferta hostil (feita aos acionistas). Apesar das cifras envolvidas num pesado jogo de negócios em Hollywood, o coração do jogo de soft power global norte-americano, aparentemente não é só dinheiro que conta para entender as tentativas de negociação.

É que a Paramount fez pelo menos quatro abordagens – e já ajustou a proposta daqui, dali, retirou um investidor estrangeiro chinês de seu lado da mesa (há sempre a preocupação de segurança nacional nos Estados Unidos), abriu a carteira. O estúdio quer ampliar sua força em streaming e reúne um time de bilionários e bancos que chama a atenção: o CEO da Paramount é nada menos que David Ellison – filho de Larry Ellison, dono da Oracle, o segundo homem mais rico do mundo – e o genro de Donald Trump, Jared Kushner.

Mas o currículo e a oferta não impressionaram a Warner, visto que não deixou de considerar a Netflix – que começou em 1997 como uma locadora de DVDs, tornou-se uma potência do streaming e quer reforçar o time de talento criativo. A diferença dos números de capilaridade de alcance entre assinantes, se consideradas as duas propostas que estão na mesa são impressionantes. A Paramount+, streaming da Paramount, e HBO Max juntos teriam aproximadamente 200 milhões de assinantes globais, um número que os colocaria no mesmo patamar da Disney. Mas isso é significativamente inferior aos mais de 400 milhões de pessoas combinadas se houver uma junção entre Netflix e HBO Max.

A edição traz ainda o maior rombo nas estatais federais em 25 anos; a chegada ao Brasil do primeiro Porsche 911 Spirit 70, que reúne só 1,5 mil unidades no mundo e a estreia da super loja da Magalu na capital paulista, no espaço que era ocupado pela Livraria Cultura.

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