Grupos privados têm manifestado interesse no novo leilão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, previsto para o ano que vem, disse nesta segunda-feira (13) o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira. O diretor da agência, porém, não revelou os nomes da empresas que estariam estudando o processo licitatório durante evento promovido pela FGV.

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A Anac realizará audiência pública sobre o edital de venda assistida do Aeroporto do Galeão (RJ) em 14 de outubro. “Tenho recebido ‘feedbacks’ de grupos que estão interessados”, disse o diretor da Anac a jornalistas.

Apesar da expectativa de que o leilão ocorra até março, o diretor da Anac indicou que esse prazo ainda não é definitivo.

“Temos março do ano que vem como prazo referencial do acordo, no entanto, estamos discutindo também uma determinação do Tribunal de Contas da União de prover um tempo para que entre o edital e a realização do leilão seja suficiente para que outros grupos estudem o ativo e possam fazer uma proposta econômica”, disse Pereira.

“O TCU já sinalizou que é importante dar esse tempo (aos interessados)”, afirmou o diretor da Anac.

Contratos preveem leilão do Galeão em 2026

No mês passado, a operadora do aeroporto, RIOgaleão, assinou a repactuação do contrato de concessão com o governo federal, com uma nova estrutura societária em que a Vinci Compass assumiu controle da empresa e que prevê novo leilão do terminal em 2026 para saída da estatal Infraero dasociedade.

A Vinci comprou 70% da participação da Changi Airports na controladora da RIOgaleão no final de agosto e pretende participar do novo leilão de concessão do aeroporto, previsto para até março de 2026, disse no final de setembro José Guilherme Souza, diretor de investimento em infraestrutura da empresa em entrevista à Reuters.

A Changi Airports ficou com 30% da controladora da RIOgaleão, que detém 51% do aeroporto enquanto a Infraero detém os 49% restantes. O modelo do novo leilão prevê um lance mínimo de R$ 932 milhões, além da compra da fatia da Infraero, avaliada em cerca de R$ 500 milhões, disse o ministro de Portos e Aeroportos, em setembro.