16/05/2025 - 16:20
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), disse que o documentário sobre as enchentes de 2024 no Estado é para mostrar o trabalho da gestão naquele período. Nesta quinta-feira, 15, durante agenda em Nova York (EUA), o gaúcho afirmou estar “absolutamente tranquilo” quanto à legalidade do filme.
Nesta quarta-feira, 14, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) acionou o Ministério Público Federal (MPF), alegando que o filme “Todos Nós por Todos Nós”, lançado pelo governo estadual, utilizou verbas públicas da reconstrução do Estado para promover a imagem de Leite.
“Foi uma iniciativa da Secretaria de Comunicação para apresentar o que foi desenvolvido pelo governo no enfrentamento da calamidade, naquele momento crítico. A oposição está fazendo o papel dela, e nisso o PT tem experiência. Tudo bem, faz parte do processo. Nenhum recurso da reconstrução foi utilizado. Tudo será devidamente esclarecido”, disse Eduardo Leite à imprensa.
No Instagram, Pimenta chamou o governador gaúcho de vaidoso por produzir um trailer de dois minutos para o filme e pagar para exibi-lo nas salas de cinema do Estado.
“O filme produzido para retratá-lo como herói da reconstrução do RS é um acinte e fere os princípios da impessoalidade e da legalidade. Estamos tomando todas as medidas cabíveis para que ele seja responsabilizado”, escreveu Pimenta na rede social.
Segundo Pimenta, o filme dedica mais de nove dos 42 minutos de duração “exclusivamente” à figura do governador gaúcho. No pedido enviado ao MPF, Pimenta pede que a justiça “adote as medidas cabíveis para apurar a responsabilidade do representado pela prática de propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e demais ilícitos apontados na representação original”.
Em nota, o governo do Rio Grande do Sul disse que a intenção do filme era servir como registro histórico da tragédia, e que todo o material utilizado foi fornecido pela Secretaria de Comunicação, sem a alocação de verba extra para a produção.
“O documentário tinha o objetivo de mostrar a atuação do governo durante as enchentes. E naturalmente o governador coordena as ações do atendimento às emergências e está presente”, justificou Eduardo Leite.