O empresário Jorge Paulo Lemann, eleito pela Forbes como o mais rico do Brasil em 2022, adquiriu uma participação em uma empresa de capital de risco chamada Thrive Capital em parceria com outros investidores. Lemann teve perdas significativas com a queda nas ações da Americanas após a descoberta de um rombo contábil no valor de R$ 20 bilhões nas contas da empresa que havia passado despercebido por anos.

Lemann é um dos principais acionistas da companhia varejista, ao lado de Carlos Sicupira e Marcel Telles, que detém 31% das ações da Americanas por meio da empresa 3G Capital, que também tem participações na AB InBev (que controla a Ambev), Kraft Heinz e Burger King, dentre outras.

A negociação, de acordo com o Wall Street Journal, envolveu um conjunto de empresários, que além de Lemann inclui outros nomes de peso: o bilionário indiano Mukesh Ambani, um dos mais ricos da Ásia; o francês Xavier Niel, fundador da empresa de telecomunicações e serviços de internet Iliad; Henry Kravis, cofundador da empresa de private equity KKR & Co (Kohlberg Kravis Roberts); e Robert Iger, CEO da Walt Disney.

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No total, o grupo deve investir cerca de US$ 175 milhões para adquirir uma participação de pouco mais de 3% na Thrive Capital, que é avaliada em cerca de US$ 5 bilhões e gere ativos no valor de US$ 16 bilhões. A empresa foi fundada por Josh Kushner, que é irmão de Jared Kushner, genro do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

A quantia parece insignificante se considerarmos a fortuna dos empresários envolvidos. Somente Ambani possui uma fortuna de cerca de US$ 83 bilhões. Lemann aparece em segundo, com uma fortuna estimada em US$ 16 bilhões após o tombo das Americanas. Já Niel e Kravis possuem US$ 8 bilhões cada, enquanto Iger não chega ao clube exclusivo dos bilionários, com um patrimônio estimado em US$ 350 milhões. No total, portanto, as fortunas chegam a quase US$ 116 bilhões.