O Unidade Popular oficializou a candidatura de Leonardo Péricles à Presidência na manhã deste domingo, 24, em convenção realizada em Natal. Na ocasião, o candidato voltou a defender bandeiras como o combate ao racismo, a desmilitarização das polícias e a realização de uma “justiça de transição”, que responsabilize os responsáveis pela ditadura pelos seus crimes.

O PDT, de Ciro Gomes e, o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já fizeram suas convenções, e o PL confirmou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro neste domingo.

Criado em dezembro 2019, o UP se define como um partido de “esquerda revolucionária e popular”. O grupo apoiou a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições presidenciais de 2018. Em 2020, Péricles, que nunca ocupou cargos públicos, concorreu como vice na chapa da deputada federal Áurea Carolina (PSOL) à prefeitura de Belo Horizonte, mas não foram eleitos.

Péricles mora em uma ocupação urbana e coordena o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Ele e Vera Lúcia (PSTU) são os únicos negros na disputa pela Presidência da República.

“A militância da Unidade Popular do país inteiro está reunida para poder discutir nossa chapa nas eleições! Com muita combatividade vamos seguir ocupando esse espaço! Poder pra o povo preto e pobre desse país!”, publicou Péricles sobre o evento. Na ocasião, ele pediu, por exemplo, punição a Bolsonaro por “apologia a tortura”.